quarta-feira, dezembro 07, 2011

Aeternia - devassa concluído

Spoiler Warning! (as to Dev - Epilogue)
A mesma plaquinha que o Nick segura!? =O
Tiago, segura esse troço direito, rapaz!
Aquilo atrás do "K" de KTERNIA... não, não pode ser...! õ__o

(argh, pare de mudar o layout de edição de postagens, Blogger! >_<)

Cá estamos, anos depois, muitas mudanças e desenvolvimentos mais tarde... por fim, o segundo livro de Aeternia está concluído!
Aeternia - devassa (ao que eu traduzo o subtítulo do inglês "devastation") é o segundo livro da trilogia. O livro do meio, que trata de levar todos os eventos o primeiro (geração) ao último (cinzas). Também é um Livro Dois do Búfalo, tratando de mostrar a parte de Kimiga e Stier da criação, as coisas pelas quais os dois passaram, bem como algum background pra Lumna, que também foi afetada pelas andanças de Stier.
Esse livro levou nada menos que quatro anos para ser escrito, tendo iniciado em meados de outubro de 2008 e ganhando a última palavra em 5/12/2011. Curiosamente, a última parte que eu escrevi não foi o epílogo, mas sim uma das frases do capítulo 15. Ainda curiosamente, não foi a frase que fecha o capítulo, mas sim a palavra "complacência", que aparece na linha anterior à última.
Sim, era um sorriso muito difícil de descrever 8D

Gostaria de fazer um rápido parêntesis para apontar dois paralelismos interessantes.
O nome de todos os primeiros capítulos sempre é um sinônimo de alternância. O capítulo 1 de geração se chama "Mudanças", de devassa chama-se "Alterações" e o de cinzas se chamará "Modificações", sempre trazendo um flashback de como o protagonista do livro encontrou seu Escolhido e foi levado ao Éden.
O segundo ponto importante são as frases finais ditas no último capítulo de geração e devassa.

Devassa é uma grande evolução de geração. Embora quanto a enredo não seja tão abrangente, expansivo ou fantástico quanto seu predecessor -- justamente ao contrário, sendo mais reduzido, dark e pé-no-chão -- devassa ainda me agrada bastante no sentido de não se preocupar mais em introduzir ideia nenhuma no enredo, mas trabalhar com aquilo que já se tem. Ótimo, o Átila é o vilão fodão com as quatro espadas, tem os três novos humanos que são de alguma forma diferentes dos quatro anteriores e tá com um exército de tutekans novos. Ótimo, já se sabe de quem o Alexandre é filho, quais são os denuos de todo mundo, que Tiago e Nick têm um papel a cumprir e que a floresta não tá mais agindo normalmente.
A pergunta que move devassa é "E agora?"

Não só isso, mas agora é Stier que tá dando os nomes aos capítulos, que tá mudando a diagramação colocando aqueles três versos e decidindo o que é e o que não é importante. Palavrões voltam, nad amais de fantasias ou um mundo quase perfeito. A realidade é forte, cruel e as pessoas quebram a medida que ela se alastra, quase envenenada. Não é de se surpreender que alguns Guardiões acabam morrendo. Alguns bem importantes e que eu não estava preparado pra me despedir, principalmente.
E, como é Stier, devassa não pode acabar de outra forma além de com diversas promessas de mudanças, tanto positivas (com a volta de Elisa, a promessa de revelação sobre a atividade dos Guardiões veteranos e a aceitação de Leão de sua sina) quanto negativas (uma nuance de um plano enorme de Átila e a demorada transição de Alexandre a Águia).

Contudo, estou mais satisfeito com geração do que com devassa.
Mesmo geração tendo aqueles malditos duelos classificatórios que eu tô perto de erradicar tudo de uma vez e uns capítulos bem desinteressantes, devassa não tem mais Aquilo. Não sei se é o fator novidade que passou ou a minha percepção que eu não gosto muito do estilo que escolhi (ando me sentindo bem livre com o jeito de Flores) ou o meu Writer's Block que assombrou boa parte de 2009 e 2010 que acabou me desgastando, mas vou precisar sentar e ler e reler tudo de novo antes de começar com cinzas, muito embora tenha recebido brainstorm atrás de brainstorm com o enredo do livro final.
No entanto, ainda acho devassa mais sólido que geração, com exceção de uns capítulos do meio.

E por final, uma observação importante...
Até agora essa história de Livro do Leão ou Livro do Búfalo não tem feito muito sentido e não fez assim tanta diferença quem contou a história. Mas a estrutura vai mudar bem no Livro do Cavalo e pode ser que Kodahi acabe interferindo diretamente no livro, do jeito rebelde que é =X



Personagem de destaque:
Ando gostando bastante de quem o Johanne tá se tornando =)
E escrever com o Caipora foi muito legal! XDD

Passado mais triste:
Flávia Cohen, de loooonge. Difícil me incomodar com o que tô escrevendo, mas aquilo doeu.

Morte que mais incomodou:
É uma lista difícil, principalmente considerando que temos Geórgia, Mike e Xisto competindo. Mas ainda preciso colocar que foi o Leo. Cuidei dele tão de perto por tanto tempo! =///

Luta mais fodástica:
Embora seja bem óbvio falar da luta do Gabriel contra o Átila ou do Alexandre em limite de sanidade, não achei nenhuma delas fodásticas ao ponto de interessantes. Mas achei bem legal colocar o trabalho em equipe do grupo do Mike, Alberto, Alexandre, Ricardo, Paulo e Xisto quando enfrentaram o tutekan da Yasmin. O maravilhamento do Alexandre com o visor de contagem regressiva foi demais, e a corrida com a contagem também foi bem legal.
Também destaco a luta entre a Geórgia e o Iago. Finalmente senti que fiz jus ao personagem que a Geórgia deveria ter sido.

Capítulo favorito:
Capítulo 12 (Interlúdio do ódio). Poder focar numa única frente foi uma mudança muito bem-vinda, fora que mostrar o poder de todo mundo, ter que pesquisar línguas antigas para o nome de coisas e inventar denuos de última hora é tudo o que me faz gostar de escrever Aeternia.

Melhor passagem:
Se é pra ser engraçada, destaco aquela do Nick quando ele encontrou Aerâmia pela primeira vez.
Se é séria, tô com um empate bom entre o diálogo de Stier com Kimiga, no primeiro capítulo ou a partir do momento que o Tiago chega no Exílio.
Se é fantástica, Kimiga passando a Maldição pra Stier.

Cenário favorito so far:
Ainda gosto muito da Praia de Dunas, mesmo sendo um dos mais antigos. Mas gostei bastante de uns novos que apareceram, especialmente do Exílio e Aerâmia. Mas se tivesse que pegar algum dos novos, seria o Palco. E vai ficar bem interessante pra frente.

Referência werdilana escondida:
No capítulo 11 (Devassa, parte um), onde o grupo da Amanda, Cauê, Angra, Angélica e Daniela entram nos Túneis Negros e acabam na sala redonda com as mesas, a menina cantando e um cara de aspecto selvagem que tá no piano, é um cenário de uma das provas de Werdil, que o Nick e o Cezar tiveram que passar juntos, bem no começo do segundo livro =)

4 comentários:

Diogo disse...

Aquilo é um raffle?

Quanto tempo mesmo demorou para escrever o último?

Não tinha reparado nisso dos primeiros capítulos. O ponto de vista da Búfalo foi bem diferente do que eu esperava.

Bem, o primeiro também teve bastantes mortes. Claro, várias foram de pessoas meio genéricas, mas...

Não sei, eu sempre tive um problema com livros, filmes ou mangás que falam sobre o fim do mundo. Eu sempre achei difícil me importar com os dilemas dos personagens, com o character development e coisas do tipo quando se trata de obras meio apocalípticas. Sei lá, saber que o mundo de Aeternia pode acabar faz todo o resto parecer tão insignificante. Para mim, claro.

Kael Sorrow disse...

Então, é meio que uma via de mão-dupla a história da insignificância pessoal perto do fim do mundo, porque é muito comparável com guerras.
Se, por um lado, os problemas pessoais ficam diminuídos por conta do problema maior, esse mesmo problema maior acaba tornando os problemas pessoais mais próximos e evidentes, já que a qualquer momento o mundo pode acabar, "então vamos logo cuidar dos nossos problemas pessoais". Motivo pelo qual nasce tanta gente em época de guerras XDD

Ainda mais, embora eu mesmo use o termo diversas vezes, não é beeeeem Fim Do Mundo. É o fim de Savium, podendo ser tanto o fim por conta de como Savium é (se o Átila conquistar seu objetivo), virando algo diferente; ou o fim de Savium pelo processo de renovação (caso os sages venham a ser libertados), sendo recriado por novas pessoas eleitas pelos Escolhidos.
Então, no final das contas, não estamos falando em destruição propriamente dita.

Diogo disse...

Eu entendo o seu ponto. Não sei porque, mas eu sempre pensava no fim do mundo de Aeternia como KABUM! Mas, pensando bem, não faria sentido mesmo.

Não tinha prestado atenção ao lance dos palavrões. Estranho, achava que isso é uma coisa que eu notaria. Go figure.

Não sei se vou gostar muito do Kodahi. Mas vai ser legal saber o que o Hest pensa. Coitado, ele pareceu meio apagado no segundo livro.

Kael Sorrow disse...

Hahahhahaha, gosto de pensar no pouco screentime do Hest em devassa como proposital. Logo que se conheceram, o Hest quis excluir Leon buscando o apoio da Stier pra tanto, lembra? Depois disso, a Stier meio que "desconsidera" ele, refletindo no livro.

Isso não aconteceu muito em geração porque o Leon vivia brigando com o Hest, motivo pelo qual dificulta a desconsideração dele no Livro do Leão.

(também é por isso que o Hest é mostrado como um cara chato e rabugento nos dois Livros. Tem mais coisas nele, no fundo)