terça-feira, dezembro 29, 2009

Retrospectiva 2009!

Como eu disse que teria, aqui está XDD
Um pouco sobre o ano, minhas impressões, o que eu fiz de interessante e por aí vai. Pouca coisa realmente interessante e ainda menos coisas relevantes, mas, no geral, eu sinto que não desperdicei o ano =)




Começamos o ano produtivamente, em janeiro, com minha estadia no Canadá, com um bando de amigos. Mais especificamente, em Vancouver, mais pro norte, onde nada chega.
A desculpa para viajar todos esses quilômetros, ver neve e se hospedar na casa de estranhos é o de sempre: inglês. Estudar, estudar. Mas todo mundo sabe que as compras são a parte interessante do negócio, certo?

Então, como comecei o ano comrpando diversos jogos pro Wii, nada mais justo que começar o post de retrospectiva falando dos jogos que joguei/terminei esse ano, hã? /o/

Okami: esse eu não comprei no Canadá, mas tava emperrado na minha prateleira durante muito tempo e eu queria dar um fim logo no negócio. Resolvi abusar um pouco da pressão que eu juntei com a nova carga e dar um novo fôlego pra coisa.
Okami não é um jogo ruim, muito pelo contrário. É realmente interessante e interativo. Usa muito bem os controles do Wii e mostra pra Zelda Twilight Princess como se faz pra criar um personagem lobo realmente interessante.
Os gráficos são muito legais, já que parecem muito com uma pintura japonesa e todos os personagens seguem o estilo, com a própria história sendo contada como se fosse um grande mito. Também tem um tom de humor durante todo o desenrolar, muito digno de animê.
O problema principal é o tamanho. Mas o tamanho no sentido que o jogo nunca termina quando deveria. Por três vezes você se pega vendo aquela batalha épica gigante de chefes com três formas diferentes que você enfrenta por mais de meia hora, com cutscenes e plot twists durante a luta, só pra descobrir que matou um, mas tem mais depois. Cansa um pouco.

Tales of Symphonia - Dawn of the New World: pessoalmente, prefiro o nome japonês do jogo (Knight of Ratatosk). É uma continuação do primeiro jogo, então, como tal, exige que você saiba todas aqueles acontecimentos importantes que se sucederam antes do mundo ficar feliz para sempre (ou não). Mentira. Nunca tinha jogado o primeiro e comprei esse mesmo assim porque o review que vi disse que não tinha problema, e não tem mesmo XD
Muitas cutscenes, muitos voiceovers muita conversa paralela opcional. Esse jogo tem uma carga de texto e informações, tanto relevantes quanto irrelevantes, impressionante. É uma experiência muito rica e que te prende do começo ao fim. É curto, mas eu viciei de tal forma que ele não durou mais que uma semana na minha mão, o que é bem estranho pra um jogo.
Claro, todo mundo reclama do Emil, o personagem pricipal. Como ele é maldito e covarde o tempo inteiro, mal consegue se expressar sem achar que está sendo invasivo ou como é irritantemente dependente dos outros, mas eu gostei dele. Bem diferente do que você costuma encontrar por aí, nos RPGs comuns. Ele foge bastante da fórmula principal e, se você tiver um pouco de preserverança, vai gostar dele mais pra frente.

Animal Crossing - City Folk: essa é uma série que veio crescendo comigo ao longo dos anos. Eu era extremamente viciado nela nos tempos de GameCube, do tipo muito viciado mesmo. O do DS me decepcionou em níveis proibitivos, foi dinheiro jogado fora. Mas o do Wii trouxe tudo de volta. Os personagens carismáticos e as pencas e pencas de diálogo fofo-nonsense são os grandes atrativos da série. Você começa o jogo sem nada pra fazer e termina o jogo na mesma: sem nada pra fazer. Liberdade, vá onde quiser, faça o que quiser, ou não faça se não quiser. O mundo é seu.
Mudou pouca coisa, é verdade. Nem mesmo as músicas são novas, já que é tudo Ctrl+C e Ctrl+V do DS, com poucas exceções e do K.K.Rider. Mas mesmo assim. Como eu não tinha gostado do DS, não doeu tanto.
Devo ter jogado isso durante uns bons três meses, depois deu uma diminuída no quarto antes de morrer mesmo, mas não me arrependo. Minha vila estava bonita, minha casa era foda e eu tinha uns acessórios de cabeça e rosto muito engraçados. Sempre ria quando andava com meu rosto de múmia putrefeita dentre aqueles animais e florzinhas XD

No More Heroes: o jogo se resume a duas coisas: sangue e mais sangue. Qualquer adepto do excesso de snague jorrando a ponto de causar slowdowns deveria comprar esse jogo, o que foi uma mudança bem vinda no bando de capas de jogos com E for Everyone marcados da minha coleção. Você é um cara feioso cujo sonho é se tornar o assassino número 1 do mundo, munido de sua katana de luz (sim, faz até os mesmos sons que um sabre d eluz faria). Para chegar ao topo, você precisa eliminar aqueles que estão na sua frente na lista. Além do mais, se você conseguir chegar no topo, a empresária que controla esse esquema suja promete transar com você 8D
O jogo começa com uma cutscene de você matando o 11o. A partir daí, é com você. Os controles são fáceis e intuitivos e você não cansa de matar, matar e matar tudo que você encontra ao longo do caminho. Fora que os personagens mais fodas têm aquela aura de "awesome" toda vez que você encontra. Logo quando você entra no quarto onde eles estão, sua sombra já assume o algarismo romano da posição deles no ranking e um close é dado enquanto ela assume a nova forma do nome do seu adversário. Cooooool.
O problema é o que acontece entre uma das lutas do ranking e outra. O jogo te coloca num esquema de GTA onde você tem uma cidade enorme e tem que conseguir dinheiro pra pagar a taxa de entrada pra enfrentar o próximo da lista. E juntar dinheiro em NMH é um pooooorre. Mata toda a vontade de jogar depois que a adrenalina de uma das lutas passa .-.

Sonic Unleashed: é o que todo mundo disse: a parte do Sonic é muito legal. A parte do lobisomem não presta. Não joguei o suficiente pra ter muito o que falar sobre o jogo, mas me cansei dele bem cedo. Eles inventaram um esquema de exploração digno de joguinhos multimídia de CD-ROM dos anos 90: point n click. Uau, vá conversando com todo mundo, uma hora alguém fala alguma coisa importante, desencadeia uma cutscene (ou não) e você passa pra fase de verdade. Só reze pra que essa fase seja durante o dia, se não você estará condenado a passar os próximos 20 minutos da sua vida correndo em cenários toscos, matando inimigos idiotas, desejando que o final do troço esteja depois daquela esquina.
É, Sega, ainda não.


Bem, terminado janeiro, precisei voltar à vida normal, né? XD
Fevereiro, março, abril... todos eles passaram sem muito acontecendo. Eu tive um pico de produção bastante grande no começo do ano com Térnia, o que resultou na conclusão do livro bem antes do que eu esperava, já que eu tinha quase certeza que terminaria Elementals antes que ele. Mas sabe como é, a gente sempre dá atenção pro filho favorito, não importa se isso seja certo ou errado XD
Terminar Térnia foi uma grande satisfação pra mim, já que ele é o sucessor de Werdil, que era meu maior projeto. O primeiro livro com certeza será o maior deles e com mais informações relevantes pro resto da história. E fiquei razoavelmente contente com o resultado final, ainda que eu admita que tem diversas partes que podem ser retiradas facilmente, pra dar uma melhorada no ritmo da coisa.
Elementals também encontrou sua conclusão, finalmente, no final do ano, em meados de outubro. Terminá-lo também foi um passo importante principalmente porque o livro representa muito do meu amadurecimento na escrita, meu estilo, minha linguagem. Deu pra sentir bastante como eu evoluí desde a época do começo de Werdil até o primeiro quarto de Térnia 2. Fora que é a primeira história que eu realmente fecho, com começo, meio e fim. Ainda que esteja longe de ser um livro bom ou publicável, é um trabalho sólido =)
Com isso, três projetos novos começaram: Térnia 2, Flores numa garrafa de cerveja e o Projeto Secreto. Cada um deles em momentos diferentes do ano, mas já que estamos tratando dos projetos, melhor falarmos de todos juntos.

Térnia 2 começou na primeira metade do ano e teve um arranque interessante, mesmo estando bem parado agora pro final do ano. O planejamento do livro inteiro só foi concluído certinho agora, pra novembro, quando eu finalmente descobri como amarrar tudo pro final. Agora que está tudo certo, quero ver se coloco o livro como prioridade pra terminar em 2010. Um pouco ganancioso demais, mas como serão 15 capítulos e eu estou no sexto, com um pouco de esforço é possível =)

Flores é o meu projeto mais maduro e desafiador. Com esse eu não tenho pressa nenhuma. Muita calma. Escrevo só quando tô inspirado e com tempo de sobra. A carga, o clima, as personagens são bem diferentes do que eu tô acostumado e assusta um pouco. Mas devagar ele vai tomando forma.
O primeiro capítulo demorou pra sair, mas apareceu e o segundo demorou mais ainda, mas está em vias de conclusão.

O Projeto Secreto é a minha diversão. Começou no meio do ano, em junho pra ser mais exato. Embora sofra com seus trancos e solavancos, tem avançado de uma maneira bastante sólida. Ainda não dá pra prever qual vai ser o real destino da história, mas eu odiaria ver tudo aquilo se perder 8D


As férias de julho não tiveram nenhum ponto notável, como geralmente são as minhas férias. Mas o segundo semestre foi bem mais atribulado em questões pessoais e acadêmicas, o que me cortou um pouco sobre o que eu realmente queria fazer. No entanto, uma das poucas coisas que ficaram acesas durante o ano todo foram as séries que eu vi. E gostei muito de ter visto tanta coisa foda 8DD
Dead Like Me, House, Skins, Weeds, Dexter, Glee, Flash Forward e United States of Tara. Em especial com destaque pros dois primeiros e os três últimos. Go! /o/

Dead Like Me: se passa em Vancouver! Aaaah! =D
A história revolve em torno de um grupo de ceifadores que fazem o trabalho da Morte para ela. Todos os dias eles recebem cartas com os nomes daqueles que vão morrer, local e hora. E é moralmente aconselhável retirar a alma da pessoa instantes antes dela morrer, já que o trauma pode ser bem doloroso. Eis que começa a série, com cada problema dos personagens, como eles lidam com o próprio fato de estarem mortos e como cada um é bem moralmente distorcido.
É humor negro e sarcasmo em sua melhor forma. Uma pena ter sido cancelado .-.

House: dispensa explicações. House é um médico aleijado e infeliz que preenche seus dias com todo aquele desafio impossível da medicina. Todos os casos absurdos e fora do comum vão parar com ele.
Não vi muita coisa, já que são seis temporadas e eu tô engatinhando na segunda ainda, mas gostei do que vi até agora. Tá numa fórmula batida de doente-tratamento-quasemorte-tratamento-salva-mensagem, mas não cansou ainda 8D

Glee: esse é um seriado bem modinha do momento, mas é interessante. É fácil e leve de se assistir e tem um tom tão nonsense e mamão com açúcar que você não percebe o tempo passando. A história se passa com os membros do clube de um colégio, que leva o nome do seriado, é um clube de dança e música. Como é de se esperar, só o pessoal loser vai parar lá. Pra melhorar as coisas, uma das professoras mais influentes do colégio tem o orçamento de seu clube cortado por conta de Glee e resolve que sua nova meta pra vida seria destruir o clube.
É nonsense do começo ao fim, com aquelas pitadas de lição de moral aqui e ali. Cada um dos personagens representa uma das classes dos losers de colégio, como era de se esperar, mas é divertido e indolor XD

Flash Forward: tipo, o top da história desses seriados novos. Em outubro, todas as pessoas do mundo (todas elas) desmaiam ao mesmo tempo durante o mesmo intervalo e depois acordam. Não apenas isso, mas todas elas sonharam com o futuro, e, sem surpresas, o mesmo período do futuro. Algumas viram boas coisas acontecendo, outras viram péssimas coisas acontecendo. Outras viram a escuridão total: não chegariam vivas dali a seis meses (o ponto do futuro que todos viram).
A história se foca num grupo do FBI que tenta investigar o que eles chamaram de Black Out por meio das câmeras que permaneceram ligadas e de um site chamado Mosaic, onde qualquer pessoa pode postar o que viu em seu Flash Forward, para que todos possam juntar as informações, como um quebra-cabeça. A partir daí, meu amigo, descobrem que existe um grupo seleto de pessoas que não desmaiaram. E a coisa pega fogo.

United States of Tara: Tara é uma mãe de família normal, se não fosse por suas múltiplas personalidades. Isso mesmo, mais de uma. Além dela mesma, Tara comporta T, uma adolescente que poderia muito bem virar prostituta quando tivesse a idade mental, Bukky, um cara (sim! o_O) que lutou no Vietnam, e Alice, uma dona de casa inglesa cristã que parece tomar conta de todas as outras personalidades. A história roda em torno da família tentando lidar com a Tara enquanto ela tenta descobrir como desenvolveu tudo aquilo dentro dela e como fazer tudo parar. O legal é que a vilã de tudo é uma das personalidades e não tá muito disposta a largar o peixe =X

Os seriados geralmente são os responsáveis por me fazer perder os prazos pra entrega de trabalhos e não estudar tudo o que deveria numa prova. Mas não me arrependo XDD


E, pra terminar, os livros que apareceram na minha estante em 2009. Foi um ano que eu li pouco porque fiquei emperrado em dois livros chatos, e sou meio besta com essa história de livros. Não largo. Mesmo que seja horrível eu leio do começo ao fim, mesmo que esteja esperando com um isqueiro na outra mão. Foi o caso de Brisingr. Troço ruim que dói.
Fora ele, tiveram New Moon (em inglês =D), Eclipse, Quem Tem Medo do Lobo, Caim, A Cidade Sitiada, A Bela e a Fera, Brisingr, A Torre Negra V, O Caçador de Pipas. Vou destacar uns poucos pra falar que fiz mesmo... porque tem pouco de especial.

Brisingr: é da série do Eragon! Não me entenda mal, o livro é bom. Detalhista, minucioso, cuidadoso. Explica cada uma das coisas, trata uma guerra como uma guerra mesmo, como um processo sofrido, longo e demorado. E tudo mais.
Mas me irritou. O autor disse que faria uma trilogia e escreve três tijolos e de repente, ops!, não é mais uma trilogia não, mals aê, galera =B
Ah, faça-me o favor, né.

Caim: eu tô pra acabar esse livro, na verdade, mas já o amo. Eu peguei mais pra descobrir um pouco do personagem bíblico, já que vou trabalhar com um xará dele em Flores, mas encontrei uma coisa completamente diferente. Não sou muito apegado à religião, mas eu rolava de rir com os diálogos do Zé Saramago. Como ele retrata Deus como um policial fazendo uma blitz no paraíso e expulsando Adão e Eva a quase cassetadas, ou como a Eva resolve seduzir o anjo que guardava a portal do agora-proibido Éden porque ela e Adão não achavam comida do lad de fora e precisavam entrar pra conseguí-la. Ou como um dos anjos se atrasam para impedir que Abrahão queime Isaac por conta de um problema mecânico com a asa e o pobre Caim é quem tem que acudi-lo. Simplesmente genial.
E ele tem uma riqueza na linguagem impressionante. Soa velho e anos 70. Mas é como se sentar com seu avô num bar, pedir umas cervejas e ouvir ele contar uma história. Genial.


E é isso aí. Passei de ano sofrido na facul e ainda tô correndo atrás de umas professoras que andaram burlando as aulas de adição do prézinho, mas tudo bem, resolve-se. Tenho umas metas guardadas aí pra 2010 e vamos ver o que acontece =)

Quero ver se consigo ressucitar o Flash, pelo menos. Faz tempo que eu e ele não temos um papo bom XD
Feliz Ano Novo e começo de década.

sexta-feira, dezembro 18, 2009

Ah!

Esse botão de "publicar postagem" faz o que mesmo?

(vai ter uma retrospectiva mais pro final do mês, aguardem)

segunda-feira, outubro 26, 2009

VGL! [2]

Realmente, depois de tanto tempo sem, finalmente aconteceu de novo =D
Por vários motivos, esse evento merece um post aqui. Primeiro, pela incapacidade de yer ocorrido no ano passado, já que houve algum tipo de desentendimento da organização de São Paulo com o pessoal da VGL, o que resultou num monte de "a bola é minha e não vou mais brincar", deixando Sampa órfão de uma VGL2008 o_o
O segundo foi que esse foi o meu evento salva-vidas. Sem mais EGS pra poder me consolar e com toda a babaquice que me impediu de comparecer à Anime Friends de 2009, eu simplesmente tinha que salvar a pátria, a honra, minha moral, a ética, minha felicidade, algum alívio, e a honra de novo.

Enfim, Video Games Live! \o/
Dessa vez foi em outro lugar. Um tal de HSBC Brasil Hall. Fica lá longe, onde ninguém mora e metrôs não alcançam, sabe. Não que a anterior tenha sido num local de fácil acesso, mas pelo menos tinha CPTM perto.
E dessa vez eu me meu amigo (o mesmo que foi na última, e, que vai ficar sem nome XD) sabíamos de antemão que o show ia acontecer, então pudemos comprar bons ingressos com antecedência. Claro, fica aqui minha revolta com o povo do HSBC Hall em reservar uma semana de prioridade pros clientes do HSBC, deixando que os pobres mortais -- ou universitários, escolha o melhor -- escolham o que restar.
Mas, bitching de lado, foi camarote dessa vez \,,,/ò_o\,,,/

Pra quem não sabe.
VGL é uma orquestra-show periódioco-anual especial por tocar músicas de franquias famosas de jogos eletrônicos. Então, se você acha que as músicas de Mario, Zelda, Sonic e blablablá vale algumas notas de 10 reais, é pra você.
Fora que também tem o lado show da coisa. Concurso de cosplay, participação de quem for bravo o suficiente pra subir no palco (e por consequência, ser zoado pelo resto do povo seguro pelo anonimato), bem como distribuição de prêmios, piadinhas e alguns vídeos interessantes =)

O problema principal é que teve muita coisa igual a dois anos atrás. E, sinceramente, qualquer bom gamer sabe que muita coisa muda num espaço de dois anos. Eles repetiram algumas assertativas e várias das piadas do ano passado.
Muito do que eu disse sobre a VGL no post original pode facilmente ser reproduzido aqui. O lance da piada inicial do poema das violetas e rosas, por exemplo. A orquestra inteira do Sonic não sofreu alterações. Mario Galaxy entrou na exibição do Mario e Zelda não girou em torno de Twilight Princess, como aconteceu na primeira, mas muito foi um Ctrl+C Ctrl+V da primeira, o que não é muito bom.

Mas claro, tiveram coisas novas legais 8D
Convenceram o tio do sax de Metal Gear a aparecer. O fato do meu amigo tê-lo confundido com o Hideo Kojima me deixou meio apreensivo com a qualidade dos nossos assentos, mas tudo bem.
Fora isso eles mudaram a desculpa de não mostrar trechos de Kingdom Hearts, mas de filmes da Disney durante a apresentação do jogo. Ao invés do "a Square é bobona e não deixou a gente mostrar ninguém da empresa" foi algo tipo "nós queremos proporcionar nostalgia a todos vocês porque somos legais =D". O que foi estranho, já que durante a apresentação de Final Fantasy VII ficou sem explicação pro slideshow de cosplays dos personagens XP
Colocaram Mega Man e Chrono Cross e Trigger (de novo, sem imagens pros da Square) pro final, falando que eram os dois jogos que o povo do Brasil mais votou no site =3
Sorte que eles devem ter ignorado o pessoal clamando por Uingue Elévi 8D

Mas o ponto realmente mais alto da noite foi o cara do Guitar Hero 8D
Um tal de Danilo tinha ganhado a competição que fizeram de GH no lobby de entrada, antes do show. Chamaram-no no palco pra que tocasse uma das músicas do GH Aerosmith com a orquestra acompanhando (coitado do coral... sendo gasto com Aerosmith XD), numa competição contra o tio apresentador. Se ele ganhasse, iria receber um kit de prêmios, dentre eles um pôster do Metal Gear 3 assinado pelo próprio cara responsável pela música do jogo. Mas ele tinha que vencer todo mundo jogando uma música que eles escolheram e no Hard.
A coisa é: não contente, o tal Danilo pediu pra colocarem no Expert. Depois de fazerem o truque pra destravar as músicas, porque não tinham a música que iam tocar no Expert, resolveram começar. E ele ganhou.
Talk about humilhação total 8D

Fora isso, outro dos pontos altos desse show foi o final, tocando Mega Man. Um final digno de fim de animê.
Enquanto a música ia se desenrolando, todo mundo que tinha participado ia subindo no palco e tocando junto. O tio apresentador, depois a garota com cosplay de Link que tocou na apresentação de Zelda, o responsável pela música de Metal Gear (que ainda não era o Hideo Kojima) e até o cosplay de... de... de um inimgo de Mega Man que parece um ventilador õ_o

E tava chovendo na saída. Deu trabalho pra voltar pra casa x_x
Mas anyways. Valeu a pena. Ano que vem tem mais, se o pessoal não ficar de chatice de novo XD

Go go! /o/

segunda-feira, outubro 19, 2009

Sobre os livros... [4]

Devido a forças alheias à minha vontade, tivemos um hiato bastante grande entre a dobradinha de postagens dos novos projetos, mas com alguma sorte, eu ignorei os problemas e cá estou 8D

Tah-dan! o/
Sim, se chama Projeto Secreto mesmo, justamente por não termos ainda um título definitivo XD
Notaram a primeira pessoa do plural? Sim, é "nós"! XD
Vou precisar de um pouquinho de background, então, por favor, bear with me =)

Como todo bom brasileiro incluído digitalmente, possuo Orkut, cujo link está até mesmo presente no Chaos III, na barra lateral facilmente ignorada. E, uma das vantagens do site de relacionamento é a possibilidade do usuário se relacionar com outras pessoas que possuem os mesmos interesses que você. Pessoas essas que, em condições normais, o usuário dificilmente encontraria.
Como escrever é algo que toma uma porção generosa do meu tempo (por que não "vida"?), acabei por esbarrar com outras pessoas que compartilham do mesmo interesse.
Em especial, o co-autor desse projeto.

Compartilhamos de diversos interesses similares e visões muito parecidas, bem como gostos e afins. O interessante foi ver que ambos estávamos escrevendo livros muito parecidos, eu com Aeternia e ele com Advertência!. Eles até começavam com A! =O
Até mesmo nossos estilos eram parecidos em alguns pontos. Eis que então, ele sugere que comecemos um livro em conjunto, como esquema de diversão e exercício. Onde ele escreveria um capítulo, e eu o seguinte, ele o posterior e assim em diante, sempre com o prazo de um mês a cada. Nós não deveríamos conversar sobre o prospecto da história, indo no improviso. Ver no que ia dar 8D
Assim nasceu o PS.

Assim sendo, eu não tenho muito o que falar sobre a história do livro ou o que ele se propõe, já que muito do que eu tenho planejado é sumariamente destruído quando o Fernando (sim, ele tem nome 8D) me entrega o capítulo seguinte, da mesma maneira que eu faço ao passar o meu a ele. Mas as linhas gerais da história já estão colocadas.

Emerson Lins de Oliveira se considera um homem normal. Tem um emprego comum e não desempenha nenhuma atividade que fuja dos parâmetros sociais. Claro, isso se não levarmos em consideração as estranhas ocasiões onde o mundo assume um tom esverdeado e ele se vê frente a frente com criaturas/animais que desejam seu sangue. E também, claro, se não considerarmos sua capacidade de, ao projetar seu corpo através da fumaça de seu cigarro, este adquirir uma colocaração azul, fumegar e ele ter sua força aumentada incrivelmente, dando-lhe poderes para defender-se das ditas criaturas.
Esse ainda é o começo de seus problemas. Ele ainda está pra descobrir a existência de outros como ele (designados de "virilordes"), a existência de um plano paralelo de onde eles vem, a Via Nove, bem como toda uma extensão de variações das criaturas, chamadas de fraslúmios.

Pessoalmente, PS é meu novo Elementals. É divertido ver como a história literalmente se desenvolve sem que você perceba e que os personagens de repente ganhem novas designações e poderes, bem como estreitem ou piorem os laços durante sua ausência. Como você se depara com uma bomba indigesta deixada no seu colo ou como um personagem de repente dá um giro de 180 e começa a fazer coisas completamente opostas do que você tinha imaginado.
Claro, comparo com Elementals no sentido de ser um alívio e relaxamento dos meus projetos mainstream, já que Térnia anda exigindo muito da minha capacidade imaginativa e Flores é algo completamente além das minhas capacidades. Do contrário, PS flui com uma naturalidade por mim que tô sempre entregando os capítulos uns dez dias depois de ter recebido os anteriores.

Anyways, estes são meus novos projetos. Térnia 2, Flores e PS. Três, ao invés de dois, mas tudo vai dar certo 8D

terça-feira, setembro 15, 2009

Sobre os livros... [3]

Lembram desses posts? Estão de volta =)
E sempre em dupla =D


Flores numa garrafa de cerveja é o nome do meu próximo livro oneshot, o sucessor de Elementals, portanto. Faz um bom tempo que eu queria me propor a escrever algo desse tipo, mas nunca me achava com maturidade suficiente. Tanto mental quanto propriamente de estilo. Não que eu ache que as consegui ainda, mas vou aceitar o desafio.

Antes de mais nada, vale ressaltar que a ideia desse livro me acertou do nada faz um tempão quando eu vi uma das cenas no primeiro minuto desse clipe da Kate Nash.

Foundations - Kate Nash
[sorry dudes, o blog tá travando com o vídeo ¬¬]

Esse foi o clipe que me fez gostar dela, correr atrás do CD inteiro, desmembrá-lo e querer pelo próximo. As músicas em estilo historinha dela é muito interessante e o sotaque dá um toque engraçado e que sempre ferra com o meu entendimento lyric-free 8D
Enfim, sim, a cena que ela coloca um ramo de flores numa das garrafas de cerveja.

A história vai se passar em torno das quatro personagens principais: Rosa, Margarida, Hortência e Violeta. Sim, cada qual com um nome de uma flor, cada qual em uma fase diferente da vida, com suas personalidades e problemas. E todas elas passando pelos problemas e sofrimentos da vida.
A única coisa que têm em comum é a residência: as quatro moram no mesmo prédio da capital paulista, embora em andares e apartamentos distintos. Mas sabem como o destino é engraçado, né? Ele adora jogar suas linhas nos ombros das pessoas. E quem sabe a amizade que vai surgir não as ajude de algum modo...? =)

Sim, é um livro completamente normal. Nada de poderes especiais, magias, dominação mundial, vilões ou mundos alternativos. Somente o plano do real, alguma vontade de brincar com nomes e dores mundanas. E escrita em primeira pessoa.
Sim, é algo completamente diferente do que eu tô acostumado. Completamente.

A personagem principal é Rosa, e vai girar em torno do evento inicial. Ela acabou de receber uma carta de alguém que preferiria esquecer, mas de alguém que cedo ou tarde teria que encarar pra que sua vida possa seguir adiante, depois de tantos anos de fuga. Rosa é a única que conversa diretamente com o leitor, e sabe que é a personagem principal do livro, o que dá um ar de graça em toda a escrita.
Alternamos às demais personagens, com seus pensamentos e questionamentos, da mesma maneira que eu fico brincando com a linha do tempo em Aeternia. Margarida, que está prestes a encontrar alguém importante. Hortência, que não sabe mais como segurar seu castelo. Violeta, que não sabe mais pra onde puxar sua vida, que insiste em querer afundá-la.

Cada uma tem um estilo de escrita diferente, por terem idades e personalidades diferentes, então temos mais um desafio ao pobre Nícolas. Mas é algo que eu quero experimentar.
Não tenho planejamento algum, apenas um arquivo de duas páginas de Word dando um background de cada uma das mulheres, com algumas anotações nas bordas do estilo de escrita de cada uma. Fora isso, nada com história determinada ainda.
Esse vai ser algo que eu constantemente estarei escrevendo e reescrevendo, voltando, mudando e alterando aqui e ali, certeza. O Projeto Secreto já funciona assim, anyways XD

Estou no capítulo 1, e já estou com bastante dificuldade. É complicado escrever sobre coisas mundanas em um estilo análogo, mas diferente do seu, mas não vou desistir.
É o típico livro que vou ter que ler muito antes de escrever. Quero mais Clarice! o/

Sim sim, aqueles posts de flores que apareceram mensalmente no blog são delas. Apresentando cada uma do seu jeito, cada qual com seus problemas. Como se fosse um preview das personagens centrais, começando pela principal, claro.
E, aos que têm boa memória, eu mencionei no post do Leak, do ano passado, que tinha uns bebês que estavam prestes a nascer, que trariam banalidade ao instituto dos palavrões, né? =)
Voilà! Eis o tanto de tempo que eu tô com Flores no latente.

A premissa do título é a mesma que você consegue quando junta todos os posts de flores do Chaos III: existem pessoas especiais no mundo. Pessoas que são verdadeiras flores, em cheiro, cor e beleza. Mas a realidade é podre e decadente, então, sem ter onde crescerem, tais flores são fadadas à morte lenta e gradual. Elas não tiveram outra escolha senão crescerem em garrafas de cerveja, usando-as como vasos, drenando sua amargura em si e tentando crescer ainda assim.
A vida é uma luta constante. Não importa se você é especial ou uma garrafa, você vai ter que lutar se quiser sobreviver e encontrar uma fresta de sol.

GO!

terça-feira, setembro 08, 2009

Elementals concluído

Work time: 4/5 days (click to enlarge)
Alguém vai morrer carbonizado 8D
Aprenda a dividir, Rashel! u__ú
Eles foram na Friends!? o__O"

Eu sei, eu sei. Elementals já acabou faz um tempinho, mas eu tava reunindo forças pra fazer essa imagem. O tamanho dela é bem maior do que as que esse blog tá habituado. Fora isso, o Flash começou a convulsionar perto do final XD~
Foi feita model-free, então as mãos estão ruins e o senso de proporção tá meio off, mas quem falar mal dela, apanha! u__ú

Bem, quem diria que Elementals seria concluído após Aeternia, hã...? Pois foi. E é um dos meus projetos mais antigos, tirando Werdil. Mas diferente daquele, este finalmente teve seu final, um começo, meio e fim.
O motivo maior de eu ter insistido no livro é justamente porque dá pra ver claramente a evolução da minha escrita. Desde o capítulo 1, onde eu ainda separo as palavras manualmente até o último capítulo de gasta mais de uma dezena de páginas com um simples caminhar até a praia, evento que eu nunca conseguiria desenvolver dessa maneira cinco anos atrás.
Isso mesmo, Elementals tem exatamente seis anos. Comecei a escrevê-lo no primeiro colegial, nos tempos de Progressão, por conta de dois amigos que me encheram o saco.
Diziam que Werdil (ativo, à época) era muito shoujo, queriam algo mais sangue e lutas. Dito e feito.

O curioso é que a primeira cena a ser pensada foi a última a figurar no livro. Sim, começamos falando que uma das integrantes do time um precisava morrer explodindo. Pobre Hebek, foi uma natimorta muito importante.
Elementals, portanto, nunca teve um cunho de projeto feito pra um bom fim. Nunca me preocupei muito em desenvolver o background dos personagens ou mostrar eventos poéticos, tanto que isso virou prioridade mais pro final, e mesmo assim tratei dos três principais e nada mais. Tava lá pra relaxar e arranjar uma pausa de escrever meu projeto principal 8D
O mais-ou-menos ponto central que poderia gerar maior discussão e talvez dar uma maior profundidade ao livro foi sumariamente tangenciado. Falei dele umas três/quatro vezes e sempre por cima. Propositalmente.
"Aqueles que salvariam um mundo têm ou não o direito de ter uma vida, sacrificar inocentes, serem recepcionados e tratados diferentemente, só por conta de sua tarefa?"
Talvez por esse mesmo motivo ele tenha demorado tanto pra sair.

Fora isso, o interessante de Elementals é que ele foi o primeiro livro que recebeu um fim. Werdil e Aeternia ainda não conseguiram esse marco, embora tenham obras prontas. Com o final de Elementals, eu nunca mais vou escrever "Rashel", "Perk", "Leak" ou "Tolil" pra fins de história, apenas de for explicar alguma coisa, responder comentários ou afins. É extremamente triste.
Sério, bateu muita depressão quando eu coloquei o ponto final.
Elementals também é muito laboratório. Vivo testando figuras de linguagem nada a ver, estilos de luta estranhos, magias e conjurações absurdas e criando lugares atípicos pela simples vontade de ver como meus personagens vão se comportar no local. Afinal, quem vai esquecer a tsunami nada a ver do Hamatan, o quase-mecha-planta do Taranus ou a luta aérea deste último com Rashel e Gilil? XDD
Fora isso, acho que eu dizimei a população de umas três cidades... õ__o

Ainda tenho a folha toda dobrada de um papel da casa da minha avó que tem o mapa do mundo de Elementals, com todas as cidades e acontecimentos (que andam sendo transcritos nos posts acerca dos capítulos). Sim, planejei todo o livro na casa da minha avó, no meio de uma reunião de família. Já me sinto um escritor nato 8D
Ou não.

Elementals conta a história de três grupos de pessoas com poderes elementais. Eles viajam através do mundo, selando portais, a fim de salvá-lo. Com quatro portais, cada qual destinado a um elemento, eles passarão por muitas provações na corrida pelo título de salvadores do mundo. No entanto, essas pessoas não são exatamente os avatares do politicamente correto, exatamente o oposto. Por conta de terem a responsabilidade de salvar o mundo, suas vidas são marcadas por sofrimentos e dores que forjaram em cada um e todos um sentimento de superioridade aos demais humanos, que seriam facilmente objeto de sacrifício se isso fosse necessário.
Numa sociedade entorpecida pela existência daqueles que controlam o fuchi elemental e aqueles que não possuem qualquer domínio sobre o mesmo, é certo que o caminho desses jovens será tingido de sangue e ódio.

Algumas curiosidades sobre o livro:
1. O nome original de Hamatan era Miya, sim, como nome de homem mesmo. Mudei por ser muito cópia de Golden Sun, e já tem cópia o suficiente do RPG no livro 8D
2. Sempre imaginei Miya como um cara gordo e baixinho o__o
3. Rashel tem 16 anos =O
4. A cabeça de Tolil é naturalmente maior que as demais, por isso, quando em queda, ele sempre estava de ponta-cabeça 8D
5. Shash e Maat eram amantes, se isso já não for óbvio o bastante. Mas o importante é que Erfeu e Tyr também eram =)
6. Segundo meu planejamento, os times só se encontravam uma vez ao longo do livro
7. O final só foi decidido ao final do capítulo 16

Agora, da mesma maneira que antes, os meus status =D

Personagem favorito:
Tolil, de longe. Meus favoritos sempre morrem o_o
Segundo favorito:
Se não for óbvio pelo destaque que ele recebe, é o Rashel =)
Portal elemental favorito:
Gostei muito do portal do ar @_@

Modelos utilizados no blog:
Tolil - Rock Lee
Perk - Kazu, de Air Gear
Leak - Sasuke
Taranus - Link, sim, o de Zelda
Hamatan - Ikki, de Air Gear
ainda por vir

(Gilil - Ikki, Air Gear de novo)
(Shash - Syaoran, de Tsubasa)
(Perk 2 - Ikki mais uma vez)

Personagem mais chato:
Empate entre o Brim e o Nectan. Nunca gostei deles
Portal mais chato:
O do fogo. Exceto pela luta final, não gostei de nada lá XD

Melhor luta:
Não tenho uma em especial. Geralmente gosto das que o Rashel se irrita
Piada memorável:
"Ei Perk, tô caindo *Tolil de ponta cabeça, conformado com a morte*"

Melhor passado:
Gosto muito do passado do Perk =D
A fala:

"A festa está começando, Rashel -- disse ele [Leak, sim, o Leak!] -- Esse é o fim do mundo, e nós estamos bem no meio [no final do capítulo do portal do fogo]" o que traduziria para a ainda mais foda: "The party is about to begin, Rashel. This is the end of the world, and we are right in the core"

That's all, folks! =D

quinta-feira, setembro 03, 2009

Capítulo 6

Spoiler Warning!
(as to elem ch17
as to gen epilogue
as to dev ch6)

Bem, enquanto a imagem gigante que eu tô desenhando não fica pronta, vou dar uma avançada nesse tema =)

Elementals: capítulo 6 (Pedras no caminho)
Muito bem! Agora que os personagens finalmente já estão bem delineados e a relação entre eles também se encontra bastante clara, é nesse capítulo que eu avanço bastante com todos através do meu mapinha =)

O time um passa grande parte do capítulo numa das cidades do primeiro continente, onde encontram um velho que seria capaz de melhorar suas armas, coisa bastante necessária se quiserem continuar vivos. Além disso, um pouco do passado de Tolil é revelado, o que é bem importante, porque quero dar bastante luz ao usuário do fogo, afinal, ele terá menos participação mais pra frente, quando resolver abraçar Taranus.
Fora isso, mostrar que Leak agora tem passe livre para assumir o corpo de Perk, o que será um grande problema, bem como uma grande vantagem. Mesmo porquê, o Leak é responsável por causar a morte de pelo menos dois dos integrantes dos demais times.
Mais tarde eu uso a ponte que liga Deldore e Meldar justamente pra mostrar o avanço que eles fizeram, tanto em razão dos cristais que tinham absorvido mais cedo quanto pelas novas armas, daí mostrar que toda a humanidade que não controla o fuchi se tornou meras pedras no caminho deles à salvação mundial.

O time três ganha um pouquinho mais de destaque, o que se faz necessário, já que eles irão competir com o time um no portal que está próximo de aparecer. Mostrar como a relação de Taranus e Hamatan se baseia exclusivamente na necessidade do primeiro em ter alguém que consiga guiá-lo através da terra, por ser completamente cego nesse quesito =)
Fora isso, um spoiler pequeno sobre o que eles decidirão fazer, já que rumam pro portal do ar sem um usuário correspondente a tal elemento 8D
Fora isso, mais sangue. Sempre sangue.

O time dois aparece brevemente, apenas pra garantir a piada do final e também mostrar que avanço estão fazendo, e também que foram atrasados pelo plano de Taranus com a Vigilante. Fora isso, mostrar que estão treinando e ficando mais fortes, mas nada muito específico.

Daqui pra frente é basicamente uma construção de clímax pro capítulo 17 8D


Geração: capítulo 6 (Frente e verso)
Aqui nos focamos principalmente no grupo do Eric. A putaria de ficar trocando entre os grupos eu deixo mais pra frente, quando a coisa realmente pegar fogo. Por enquanto, ainda tô dando mais um insight no passado do pessoal, bem como apresentando uns personagens em doses bem leves.

O nome da vez é Mike. Provavelmente, até o momento, ele é o cara mais misterioso do grupo. Não quis mostrar seu denuo logo de cara, tem uma mão de ferro, que, nesse capítulo revela-se ser na verdade um braço inteiro e nunca foi muito dado a dividir suas angústias, mesmo com alguém como a Daniela no grupo.
Eis que então ele desmancha todo o passado, dor e política da Mantévia nos personagens, trazendo um pouco mais de humanidade ao personagem dele. E também servindo pra dar uma lição de moral em Nick, que anda muito bã ultimamente.
Nick também recebe alguma luz dessa vez, acerca da promessa que fez à Angra e ao seu passado que ainda vai demorar a aparecer.

Mais um pouco sobre o time da Evelin, também. É importante mostrar bastante esse time por ser composto dos personagens mais fodas (em geral, né, Angélica) e, num certo aspecto, importantes à narrativa. E também quero deixar uma aura bem legal de que o Nick vai fazer casalzinho com a Angra no final. Haw haw haw

O cliffhanger do tutekan verde se faz necessário pra abrir o próximo capítulo, que é um dos mais absurdos e fora da realidade do livro, mas também um dos meus favoritos 8D

Mas o que é mais importante mesmo aqui é o que acontece com o pessoal do Éden.
Dessa vez abandonei o Leon e fui tratar do que estava acontecendo com o Hest. Já que ele só vai receber o tratamento que merece no último livro, nada mais justo do que dar uma espiada rápida em como andam as coisas com ele. Mas não demora muito e o Kodahi rouba a cena XDD
O Recital de Kodahi. É o que o nome diz. Um recital. Não, não é uma profecia.
Muito embora o pessoal acabe usando a ideia que o Kodahi involuntariamente solta, isso só aconteceu porque o sage da Pureza não é lá muito dado a obedecer sua designação, então esses efeitos colaterais acontecem de vez em quando, mas essa foi seguramente, a primeira vez que Hest viu um desses efeitos colaterais em ação. O ponto é que o Recital alteraria completamente a história e a linha do tempo da qual os sages tanto gostam.
Fora isso, dar uma adiantada na mania do Kimiga em preparar chá. Ter duas criaturas apocalípticas sentadas tomando chá num cenário bíblico me pareceu uma cena impressionante 8D

Word.


Devassa: capítulo 6 (Verdade)
Outro bom nome pra esse capítulo é "Respostas" ou "Nícolas responde perguntas" XDD

Esse é um capítulo de transição entre o que podemos chamar de primeira saga e segunda saga do livro. Então eu gasto mais tempo mostrando informações importantes e dando mais revelações do que propriamente na ação da coisa.

A começar pelo próprio Átila que não consegue mais paz pra vida dele. Primeiro Gabriel, agora o pessoal do ex-time do Guardião. Pra não ficar muito repetitivo, ele resolve dar um discurso e apresentar um pouco dos motivos dele estar ali, achar o que acha, e querer destruir tudo. Mas principalmente, explica toda a extensão de sua Maldição. Afinal, não poder amar é algo que soa bobo, mas quando se coloca todas as consequências dá pra ver que a balança ficou bem pesada pra mente do coitado. Por sorte o E acabou com boa parte dela, então ele sobreviveu.
Outro ponto interessante que vai ser tratado beeem mais pra frente é o Cavalo ter descoberto sobre isso. Por que ele ficou tão contente em saber disso?
Hm...

A ação dos dois times também taí mais pra trazer uns esclarecimentos e gerar outras dúvidas. Fazia um tempinho que eu não fazia a Carina entrar em berserk, então achei que seria uma boa hora pra lembrar dos riscos em tê-la no grupo. Fora que ficou bem claro a luz que eu quero jogar um pouco no Cauê =)
Fora que tem um motivo especial pra Nasha estar ali o__o"
Mas a coisa mesmo tá no novo grupo que a Elisa lidera. Mostrar que os novos humanos sob ordens do Átila são completamente diferentes do quarteto de antes. Eles tem um cunho bem mais de mocinhos do que os próprios Guardiões, o que vai ser um tema legal pra dar uma explorada no livro... uma certa inversão de papéis 8D
Fora isso mostrar que nem mesmo o Cezar consegue fazer alguma coisa decente contra eles. Cezar, que aliás, se não aparecesse ali, sendo violento, não poderia mais ser chamado de Cezar. Ele nunca teve vontade de ficar parado em Rotuvale, sentado no banco, pelamordedels.

Fora tudo isso, dar um pouquinho mais de atenção a relação da Stier com o Kimiga. Pode ter certeza que eu vou explorar bem mais essa relação de Escolhido x Humano do que eu fiz em Geração, mesmo porquê, os temas principais já foram apresentados no primeiro livro.
Como mostrado no final de Geração, Aeternia foi colocada em Rotuvale depois que toda a geografia já tinha sido criada. E antes...? O que Rotuvale deveria ser, originalmente? Por que o povo de lá é tão forte e orgulhoso?
Lavagem cerebral, mate. Sempre desconfie dos seus criadores.

Iago.
Traição! Jogo sujo! Trapaça!
Na nova novela das 6 do Sistema Brasileiro de Televisão ;D


---
Anotações do Nícolas referentes ao capítulo 6:

Elementals:
5. Bampo
- Armas novas

Geração:
- Posto defensivo de Nick
- Calmaria temporária: conversa entre o time (passados)
- Ataque súbito
- Hest: recital de Kodahi (profecia) (hahahaha, mordi a língua aqui XD)
- Salvamento: time de Elisa (ainda é dela, nada de Evelin)
- Bruno e Nick: analogia Angra x Dária
- Durante ataque: general tutekan (hahahahahahah XD)

Devassa: (nome original do capítulo: Todos Iguais)
- Time de Gabriel encontra com Átila
= pré-luta: Átila revela a extensão de sua Maldição (Cavalo)
- Stier: criação de pontos geográficos importantes (me deu preguiça na hora .__.)
- Time 1 encontra com tutekans amarelos (Geórgia e Iago)
= extermínio complicado
- Time 2 persegue tutekan de Tásio e encontram com Iago (mudei essa parte >__>)
= salvamento por Cezar que espanta-o antes de matá-lo (não faz a cara do Cezar XD)
- Conversa de Átila com Iago

quarta-feira, agosto 19, 2009

Daniela Vário

Spoiler Warning!WTF!?
Sim, ela leva duas bolsas presas ao corpo =)
Tentando um estilo mais Wacom-related

(OK, sobre o desenho. Eu estava desenhando-a da maneira convencional, sem modelos e numa pose foda. E estava ficando muito bom, pra minha surpresa. Estava fazendo tudo com calma e detalhadamente, sempre apagando quando não dava certo e pãnz.
Eis que o Flash entra na ilegalidade e o Windows o prende em flagrante. Não sei que lei ele infringiu, mas fez uma operação ilegal e teve que ser fechado. Como podem prever, não havia nada salvo e cinco horas da minha tare foram pro lixo.
Daí eu toquei o foda-se e desenhei isso pra não perder o post >XDD
Depois eu tento refazer o desenho >__>)

Daniela Vário! Ex-integrante do ex-time Eric e última do grupo a figurar nas páginas de Chaos III (sorta XP). Única representante do sexo feminino e causadora da discórdia, é uma das maiores forças mostrizes pro acontecimento de desentendimentos no grupo... ao menos no que diz respeito a ala shoujo da história XD

O interessante dela não é a personagem em si, mas a relação dela com o resto dos personagens no primeiro livro. Daniela, ao contrário dos demais quatro, não possui um passado triste, uma história diferente ou uma habilidade muito peculiar. Pelo contrário, ela mesma fala que não tem nada de tão especial. No entanto, ela possui uma curiosidade vibrante e acaba sempre se metendo demais na vida alheia, a ponto de incomodar bastante.
Não apenas isso, mas além de ser intrometida, é linguaruda, o que rendeu o rompimento do caso entre o Alexandre e a Ana (pela segunda vez >_>)
É uma daquelas que nunca aprende =)

Ela é uma das personagens que se rebelou contra o destino que eu tinha preparado pra ela e escolheu seu próprio caminho.
Daniela era pra ser uma garota voltada ao lado espiritual da vida, que não se importava com aparências e bastante ligado ao íntimo das pessoas, ao seu lado mais escuro e escondido. Tanto que ela usaria seu denuo de invasão mental justamente para comrpeender melhor o interior das pessoas, na tentativa de ajudá-las. No entanto, o Xisto acabou trumatizando-a nesse sentido e suas tentativas de compreender o interior alheio através de métodos não relacionados com denuo não foram muito bem sucedidos XD

Depois de um tempo ela deu um sossegada no livro, principalmente depois do capítulo 6. Parou de se meter nos assuntos de seu time, embora ainda tenha perseguido o Xisto por algum tempo pra tentar solucionar o ocorrido entre eles a sua maneira, não dando muito certo.
Se focou mais no aprimoramento de seu denuo de um tempo pra frente, mesmo não indo muito além do que fez no começo. O máximo que conseguiu foi eliminar o efeito colateral de sofrer as dores de suas réplicas...

Seu denuo possui várias funcionalidades, embora ela não as explore de maneira muito eficiente, justamente por não ter uma mentalidade muito voltada ao combate.
Seu denuo principal envolve as cartas que ela carrega em suas bolsas, cada qual numa das laterais da cintura. O básico já é conhecido: ela consegue criar sombras humanas em massa para lutar por ela e, dependendo da quantia de denuo investida, possuem forças variáveis. Com um pouco mais de esforço, consegue criar réplicas de pessoas, a similaridade variando de acordo com o quanto de tais pessoas ela conhece (o que é um dos motivos pelos quais ela se intromete na vida alheia). Ultimamente, até mesmo os denuos são passíveis de cópia, mas claro, com limitações.
Fora isso, seu novo avanço, embora ainda experimental, diz respeito a objetos. Guardar objetos e armas seria de grande utilidade para ela e suas réplicas, mas ainda não conseguiu desenvolver tal frente de maneira completa ainda o__o
Fora isso, ela consegue invadir as lembranças das pessoas com um toque de sua mão. Só usou esse denuo efetivamente uma vez, em Xisto. Depois disso, não usou mais. Tanto por falta de oportunidade, quanto por trauma da vez que usou. Afinal, segredos íntimos são coisas perigosas ;D

"Que itens você quer colocar?"
- Sim, ela tem uma quedinha pelo Alexandre
- Queria ter conversado mais com o Ricardo
- Por algum motivo, guardava distância do Nick
- Virou Guardiã pra conhecer mais de Aeternia
- Na verdade é bem alta o__o
- Alexandre não zoou quando disse que ela beijava mal >__>
- Tem pelo menos 4 cores de bolsas pras cartas
- É do tipo que se jogaria na frente de um ataque fatal por seus amigos
- O cabelo dela é bem simples se comparada as demais
- Nunca achei um modelo bom pra ela =/
- Se preocupa bastante com a higiene dentária o_o/
- 45 cartas em cada bolsa =)

quarta-feira, agosto 12, 2009

Leon e Konolos

Spoiler Warning!A capa do volume 1 de Aeternia mangá *viajando*
Não, não estou satisfeito com o desenho
Um anel em forma de cabeça de leão? =O

Finalmente um post com desenho! XD

Sim, o par que abriu as páginas de Geração! A dupla mais curiosa e aleatória do livro, bem como dois personagens bastante interessantes na minha opinião. Konolos, o sage-mulher que fez história como sanguinário em Werdil voltando como um filósofo amador da arte e Leon, o personagem que nem chegou a aparecer em Werdil e que abre o livro voando na aula de matemática. Quando o destino faz com que os dois se encontrem, o mundo inteiro muda.

A relação entre os dois é bastante flutuante. Na maioria das vezes eles conversam de maneira respeitosa, embora Leon tenda a perder a paciência com Konolos quando ele começa a responder as perguntas incessantes do adolescente com uma palavra, obrigando-o a fazer outra em seguida, buscando uma resposta mais objetiva.
Konolos sempre tratou Leon com respeito e só ficou realmente irritado com ele em uma única ocasião, quando a insistência do garoto o fez revelar certas coisas de bandeja, coisa que o sage do equilíbrio detesta. No geral, sempre tinha uma paciência enorme para conversar com alguém como o Primeiro Leão e sempre que possível, dava uma provocada, especialmente quando Leon falava mal da arte ou se achava dono da verdade.

Eles são a dupla perfeita para figurarem no primeiro livro. Konolos, que não gosta de revelar muita coisa e Leon, que adora perguntar fazem um par que deixa o leitor frustrado e ao mesmo tempo curioso por saber mais sobre a história. Se fosse como Kimiga, que fala na cara o que se quer saber, as coisas ficariam bem menos interessantes, não?
De certa forma os dois são os principais dentre o grupo de sages e Escolhidos do trecho "passado" do livro, ainda que Stier e Kimiga figurem em Devassa e Hest e Kodahi em Cinzas, não há o mesmo feeling que eles.
Ainda mais, começar com assuntos filosóficos é sempre melhor do que usar de coisas mais materiais logo de cara, não? =)

Leon sempre teve problemas em dirigir a palavra a Konolos usando adjetivos e pronomes flexionados no masculino. Não podemos culpá-lo, certo...? Usando um vestido, com cabelos longos e com os peitos, ninguém em sã consciência o acharia masculino (ou neutro, o que é mais certo) de primeira. Até mesmo a voz de Konolos serve tanto pra um lado quanto pro outro o_o
Konolos coitado, embora estafado, sempre tem paciência de corrigir todo mundo.
Só toma mesmo alguma coisa mais masculina quando entra em sua forma leve. Com a aura de agressividade, a voz profunda e demoníaca e os olhos em vermelho dão um ar um pouco mais viril. A espada também ajuda. Mas de novo, quando se está em Aeternia, a primeira lição que se aprende é não tomar conclusões precipitadas. Sobre nada.

Os dois tem alguns interesses em comum, embora atinja mais o plano subjetivo.
Leon e Konolos gostam muito de conversar e discutir assuntos bastante vagos. Religião, política, arte, misticismo, magia, ocultismo, vida e morte, destino e sorte são assuntos que os dois sentem-se bem e confortáveis numa discussão. Leon também, ainda que num grau um pouco menor, costuma gastar certo tempo olhando para o céu perdidamente, tanto que começou o livro fazendo isso, logo após constatar que seu caderno não iria pra frente. Aliás, ele sentava ao lado da janela justamente para isso.
Obviamente, Konolos eleva essa mania a um nível completamente diferente. Gasta horas e oras com o pescoço erguido. Teve até uma dor e um desvio na coluna por culpa disso, o que o levou a ficar olhando pro céu sentado ou deitado, ao invés de fazê-lo de pé *falando de coisas irrelevantes*

"Agora são os itens?"
"Sim."
- Konolos é uma cabeça mais alto que Leon
- Primeiro pensamento de Leon quando o viu: "Branca"
- Primeiro pensamento de Konolos quando o viu: "Feio" XD~
- Quando não estavam fazeno nada, passavam o tempo distantes
- Ele nunca entendeu a fixação do sage por arte
- O sage nunca entendeu a fixação dele por morte
- A implementação favorita do sage foi mesmo o denuo
- Nunca foram de falar muito, se não tiverem assunto
- Embora mais alto, Konolos é mais leve que Leon
- Sim, Leon passou a usar "desimportante" depois de um tempo
- Minha conversa favorita foi sobre os comentários da bíblia 8D
- O Leon guardou a caixinha dos morcegos

(quero uma fonte melhor pro blog =/)

quinta-feira, julho 30, 2009

Cópia Paulo

É, acho que to apelando demais nos desenhos...

Esse ai é o Paulo, ele é invejoso e acha que tem uma personalidade legal, mas, só copia o Alexandre que é bem mais legal e forte e irmão bastardo do protagonista.
É isso. Só desenhei como eu vejo ele...

Será que essas são as tais pulseiras? O___O

sexta-feira, julho 17, 2009

Disclaimer

Juro que ia fazer uma postagem sobre o fim de Elementals, o começo do livro seguinte, os posts misteriosos e o projeto secreto nesse final de semana o_o/

Mas meus pais resolveram ir pro litoral =D

Como eu disse, férias não são bondosas com o blog.
Agosto, mate. Agosto.

terça-feira, junho 16, 2009

Hortência

Ela é casada. (ainda que mulher)
Ela possui duas vidas. Duas vidas completamente diferente que são construídas em momentos diversos, ora em simultaneidade, ora em revezamento. Seu amor é enorme e não pode ser medido por simples atos e ações. Não, a grandeza de seu sentimento ultrapassa a barreira do fático, encontra a sua própria alma. Seu amor é entrega incondicional e completa.

Essa é a sua primeira vida: a entrega.
Entrega, também sinônimo de sacrifício. Seu mundo é constituído de uma pessoa, uma pessoa que não mais enxerga como marido ou amante, mas sim como um humano celestial capaz de lhe prover a felicidade com o mais simples dos gestos. Assim é a sua natureza: simples e feliz. Gosta de ouvir o som de sapatos na madeira, do cheiro da chuva em terra molhada e do piscar selvagem que precede o barulho estrondoso do trovão. Mas seu marido possui a maior concentração desses pequenos momentos jubilosos de felicidade comprimida. Sua fala doce e masculina, somada ao seu porte elegante, desafiador e alvo são os dois melhores aspectos.

Entregara-se e ele sem hesitação, com a certeza teimosa e resoluta. Não apenas entregara a si, mas também a sua vida, tornando-se um satélite sem lados escuros. O sacrifício do que tinha planejado era uma barganha, uma pechincha em oposição à sua torrente de fantasia. Claro, sempre quisera filhos. Gostava do som doce das vozes, da alegria e da vida que os pequenos sabiam transmitir com tanta veracidade (e que se esvai a medida que a visão se torna mais clara), mas seu marido não compartilhava de mesmo anseio. Eis o sacrifício, a entrega. Ela não mais se pertencia, sua alma não estava mais em seus dedos. O que estava em seus dedos era a trincada e desgastada fundação de sua verdade, de sua vida.
Animais. Como os adorava, em especial gatos. De certa forma, os gatos lhe lembravam de seu marido. O porte elegante, a certeza nos atos e a precisão angular e centimetradamente calculada de suas amplitudes. Sua entrega significava renegar igualmente esta disposição, já que ele não os queria.

Essa é a sua segunda vida: o desejo.
Por mais que quisesse se entregar e amá-lo incondicionalmente, sob todas as adversidades que vinham com mais e mais força e brutalidade com o passar dos ponteiros do tempo, não conseguia impedir-se de desejar, de ansiar por tudo aquilo que desejava ter.
Sua segunda vida era obscura e ilícita. Vivia-a nos bastidores, quando ninguém a via. Era uma vida preciosa e feita de areia. Tocava-a com cuidado, manejava-a com carinho e reverência, temendo que escapasse lentamente de sua palma caso respirasse muito forte.

Era uma caixa. uma caixa pequena, inofensiva e feita de ouro. Fotos, imagens, recortes... todos seus desejos escondidos, os filhos que nunca teve e os gatos que sempre sonhou estavam todos ali, olhando para ela e rodeando-a com seus sorrisos e vidas anônimas. Era uma vida incompleta, débil e incrivelmente dolorosa, mas mantinha-a viva. Dava forças para viver sua primeira vida, aquela que ela não se arrependia, mas que lhe fizera diversos buracos em seu ser.

E a arte escondida de ser artista plástica. Seus quadros repletos de cupidos e querubins, sem mencionar as esculturas eretas e felinas que decoravam como pesos de papel, molduras de retratos e abafadores de livros. Silenciosamente, ela se cercou a si e a seu mariodo de sua segunda vida, de forma implícita, solitária e gananciosa. Sua segunda vida queria invadir a primeira, numa entativa desesperada e sufocada de se tornar real, de transgredir a linha da realidade e do sonho.

Amor. Esta é sua palavra-chave. Unilateral, a segunda.
No final, é uma flor tentando sobreviver na garrafa de cerveja que encontrou.
[o ciclo terminou. apenas uma lua resta]

terça-feira, maio 19, 2009

Violeta

Ela é uma moça. (quase mulher)
"Eu sou forte". Isso seria mais que um mantra, talvez já não fosse mais um mantra, mas sim um estado de espírito, uma oração silenciosa. Uma oração tímida e silente, sussurrada por lábios vermelhos como sangue e gélidos como chuva. Em desespero, é uma simples frase que precisa ser repetida diversas vezes. Reiteradamente, como se sua repetição fosse capaz de fazê-la permear em seu ser, invadir suas entranhas e lá se instalar. Sabia que não era forte, mas precisava ser, tinha que ser. Sua existência dependia dessa necessidade.

Não conseguia mais criar vínculos. Sua vida até aquele momento estivera repleta de tragédia. Seus sorrisos eram formados pela pressão dos lábios e uma risada fraca e estridente, como se estivesse manchada. Era um sorriso, uma risada que tentava ser livre mas não conseguia. Não conseguia se desvincilhar do choro. O choro já parecia tão natural em seu rosto que rir parecia ser algo que contrariava sua natureza. Sua natureza é a amargura.
Seus vínculos eram fracos e diluídos, como uma imagem formada na fina camada da água. Qualquer movimento renderiam tais laços turvos e esquivos, fugitivos.
Eram covardes, esses vínculos.

Tinha uma grande profissão. Sua grande profissão, que lhe trazia frutos e a permitia viver era importante e lhe tomava todo seu tempo, mas era boa naquilo que fazia, muito boa, inclusive.
Fingir. O que são profissões senão papéis que indivíduos desempenham para conseguirem encontrar um meio de viver...? A profissão dela era fingir. Seus sorrisos, palavras e gestos fingidos eram tão fluídos e perfeitos. Seu andar que dançava, escorrendo e vazando de mesa a mesa (afinal, sua segunda profissão era garçonete), seu sorriso brilhava e ensejava empatia, sua voz era rápida e suave, convidativa, vendedora e profissional.
A quantidade de creme emulsionado que vinha no café fraco e amargo era extravagante. E a cereja de tão vermelha e simétrica lançava olhares de desafio a quem se interessasse.

Era escura, sua vida. Tons sobre tons de sombras e penumbras eram seus rastros, suas pegadas. Sua mente parecia carecer por férias, pedia por algum descanso, alguma liberdade. Mantinha-a presa e contida dentro da caixa que criara, intitulada de realidade, necessidade. Força.
Sua mente se rebelava. Ora em seu apartamento, ora em seu serviço. Obrigava-a a vomitar tudo que mantinha guardado, tudo que tinha medo que os demais vissem. Sua fraqueza. Tabu. Palavra suja, agourenta essa... fraqueza. Ela era forte, ela era.

Sentia dois apres de olhos em sua nuca. Dois pares de olhos grandes. Um deles eram velhos e cansados, olhavam-na com uma mistura de desprezo e abandono, mas ao mesmo tempo com um desejo contido e silenciado, como se clamasse por piedade. Eram olhos de vítima que pediam para que parasse de ser agredido. O outro par de olhos era ainda mais cruel. Eram olhos amorosos. Olhos de amor... pesados, muito pesados. O peso do amor era insuportável, um fardo terrível. Aqueles olhos alfinetavam-na pelas costas, desejando bem a ela, querendo o melhor a ela. O amor egoísta e mesquinho, que tudo devora, que tudo consome. A corrosão lenta e sutil... bem aquela que começa pelos lados de forma indolor.

Mas ela era forte. Ela é forte. Isso sim. Ela é forte.
Ela é uma flor. Que apresar de ter crescido numa garrafa de cerveja, é forte.
[de tantos falecimentos, seu nascimento ocorrerá em breve]

terça-feira, maio 12, 2009

Capítulo 5

Spoiler Warning!
(as to Elementals ch16
as to Generation ch18
as to Devastation ch5)

Bem, como não temos nenhuma semelhança entre os capítulos que vou tratar aqui, passemos logo à nálise individual dos mesmos XD

Elementals: capítulo 5 (despertar assassino)
O principal foco desse capítulo, claro, é mostrar Leak. Ele é um personagem que merece algum destaque na história. Primeiro porque não é um personagem completo, digamos assim. Ele divide o corpo com Perk, motivo pelo qual possui uma personalidade bem distorcida, além da boa porção de inumanidade que já veio no pacote.
E qual a melhor maneira de apresentar o Leak senão numa luta, e matando um personagem com grande efeito!? =DD
É Shitate. Sux to be you...

Afora esses motivos claros, já introduzir a ideia da separação dos níveis de fuchi pelos usuários, mostrar um pouco mais a profundidade do preconceito entre aqueles que controlam e os que não controlam o fuchi. Dar mais alguns motivos pra considerarem o Taranus apelativo, com aquela hstória da Vigilante =)
E também dar uma revelada bem de leve no passado do Rashel, pelo menos pra já me livrar da ideia básica. Já que o passado dele ia ficar por último, queria focar mais no propósito dele do que pelo treinamento em si.

Outro ponto a ser mostrado, além de um aprofundamento de leve na relação entre eles, do time um, é como se comportam numa luta. Reforçar a rixa de Tolil e Gilil, Leak, que está a um passo de virar a casaca e responder apenas por seu protocolo de sangue, e como a mente de Rashel simplesmente demora a entender que ele precisa lutar para ajudar seus companheiros.

E claro, fechar o caítulo com frase de efeito =)
Pode ter certeza que se eu não me utilizo de algum cliffhanger no final do capítulo, vai ter frase de efeito =D

Geração: capítulo 5 (estilhaços soltos ao ar)
Comecei com a carta que eu tinha planejado terminar o capítulo 4. Por algum motivo ela pareceu mais bem colocada pra um começo de capítulo do que término.

O propósito central do capítulo é dar informações sobre tutekans, mostrar um pouco mais da interação do time do Saksa, e também apresentar novos personagens, o do grupo mais famoso.
De todas as apresentações, eu penso que eles foram os mais interessantes e mais bem trabalhados ao longo do livro, considerando a quantia de luz que foi dada a eles XD

Acho que pouca gente vai entender meio duplo aproveitamento do comentário mental do Xisto. Mostrar a Maldição crescente de Tiago e o segredod o Xisto ao mesmo tempo. Há! _o/
Além disso, já jogar de leve o mistério sobre o que os Guardiões veteranos andam fazendo.

As partes do Leon não são tão relevantes dessa vez. Focam mais em Konolos, na realidade. Finalmente tornamos a explorar um pouco mais a questão da vida e morte, sobre "o que realmente importa", tratado no capítulo 1. Fora de deixar bem claro a preferência de Konolos pela arte. Falar que Leon tem medo da morte chega a ser banal e clichê.

É um capítulo pequeno de transição. O próprio nome dele já deixa claro que é um capítulo que espera o "pó baixar" =)

Devassa: capítulo 5 (Apenas alcunhas)
Falar desse capítulo sem avançar sobre os seguintes é complicado XDD

Esse capítulo marca o final da confusão inicial da história e o começo da segunda, que começa com a morte do homem mais forte do mundo e todas as consequências que isso trará. E também serviu bem pra finalmente assentar o povo inteiro e me focar em dez escolhidos dali pra frente. Lidar com grupos aleatórios e quase 40 Guardiões correndo loucos pela floresta dá trabalho x__x

Ah... a Marisa não estava planejada pra morrer, mas aconteceu. Claro, ela estava programada pra morrer no livro, mas não naquele capítulo (embora não tivesse ainda decidido quando). Mas bem... foi buscar proteção do Cezar, dá nisso XD
E também mostrar que mesmo um dos caras mais overpower tem problemas enfrentando um dos novos tutekans amarelos =)

O Nick saiu mais ranzinza do que eu esperava. A discussão que ele teve com o Paulo foi descabida e fora do planejamento.
Criar o triângulo Nick-Alexandre-Tiago. Esse é outro ponto central, mas ainda vai ser melhor discutido mais a frente.
Além disso a pressão e revolta crescente os Guardiões mais novos contra os veteranos, no suspense que estão fazendo. Agora que pessoas mais próximas começaram a morrer, a coisa tende a apertar.

E o ponto central do capítulo: Átila x Gabriel.
Matar o homem mais forte do mundo agora, além de gerar uma surpresa (quem suspeitaria que ele sofreria esse destino e tão cedo? XD), mostra o poderio de Átila e os denuos que fizeram de Gabriel o homem mais forte do mundo. Fora colocar o evento como aquele que vai iniciar todo os demais acontecimentos do livro.
As sete espadas que Gabriel usa foram desenhadas e estão no meu post entitulado como "Ausência", junto com os outros testes da Wacom, dê uma olhada, se interessar. Achei bem interessante e versátil esse denuo. E tem bem cara de coisa que o soul taken dele faria. Eu lembro que ele vivia falando que não tinha criatividade e como odiava religião. Dois em um ;D
Fora que o denuo do E é muito apelão =)

Stier está nesse capítulo dando um pouco mais de especificação ao denuo, em finalização a um ponto aberto deixado no primeiro livro. Mas não sejam enganados. Aquilo não contava antes e não contará daí pra frente. É só um ponto pra mostrar que denuo não é só mágica e também mostrar da onde a base veio.
Afora isso, mais um pouco das personalidades conflitantes de Stier e Kimiga. Eu acho eles uma dupla bem interessante... gosto de fazer os diálogos dos dois XDD
"Hm... pizza... *olhar distante*" 8D~

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Anotações do Nícolas referentes aos capítulos 5:

Elementals:
4. Venempo
- Cristais
6. Inquara (sim, o 5 fica pra próxima, porque eu mudei a ordem)
- Despertar do assassino

Geração:
- Resultados anteriores
- Leon e Konolos: arte
- Álvaro: tutekans em Aeternia
- Missão de extermínio: sem limite de tempo
- Encontro com grupo de Elisa (de Elisa não de Evelin, note-se XD)
- Primeiras palavras
- Situação difícil: promessa de Nick
- Leon e Konolos: mundo anterior

Devassa: (nome original do capítulo: Apenas Nomes)
- Daniela conta o ocorrido e Ana termina com Alexandre (dei uma adiada nisso)
- Ataque dos amarelos na volta: quase morte de vários (e morte)
- Stier: explicação das energias do chacra ao denuo
- Encontro de Átila por Gabriel: morte do Guardião
- Sabiá dá missão de reconhecimento
= ausência do ex-time Gabriel: entraram por vingança

quarta-feira, maio 06, 2009

Resenhas

Então, então!
Como eu ainda não consegui reunir esforços para enfrentar a tela branca do meu Flash e desenhar, vou enrol... postar algo mais pessoal dessa vez. Notei que as postagens nesse sentido andavam bastante escassas... XD

Bem, eu andei indo bastante no cinema ultimamente, finalmente aproveitando um pouco mais minha vida paulistana, então achei digno postar algumas observações sobre os filmes XD
Lembro desde já que não sou grande entendedor dessa arte e, portanto, todos meus comentários penderão bem mais pro leigo-fanboy que pro profissional-imparcial.
But who cares? 8D

1. Coraline (Coraline e o mundo secreto)
Em primeiro lugar, eu devo dizer que eu sou muito chato com traduções. Tanto de nomes de filme quanto às legendas. Não importa se o objetivo é aproximar mais o público da ideia central ou o escambau. Só deveriam mudar/acrescentar/subtrair elementos do título se o título original for uma expressão idiomática. Fora isso, o nome certo, por favor.
Então é Coraline. Só. Pra que "e o mundo secreto", caramba!?

Como é infantil, apesar de ser bem dark, surreal e doentio, só pude assistir dublado. Êee. Mas era 3D, então tudo bem.
Eu geralmente não tenho boas experiências com filmes 3D (leia-se: apresentações no cinema do Parque da Mônica quando tinha 6 anos), mas voltei a colocar aqueles óculos bicolor e fui de novo.

Bem, Tim Burton em animação stop motion. Muita gente falou que é bem parecido com o Estranho Mundo de Jack (ou Nightmare Before Christmas *rola de agonia*), mas eu discordo. Assim, tem seu clima sombrio, mundos paralelos e o tom "somos assustadores, mas só queremos fazer amigos do jeito errado", mas eu achei Coraline muito melhor. Sinceramente, um dos melhores filmes de animação que eu já vi.
Não é pra menos: um mundo paralelo onde tudo parece funcionar perfeitamente e ser ideal, mas na realidade é completamente podre e maligno. Taí um tema que eu vivo colocando nos meus livros e descrevendo a realidade nele. Claro, o filme consegue fazer isso de uma maneira muito mais sutil e incrível, mas eu me indentifiquei bastante.
O jogo de palavras do nome de um dos personagens... Wybie (why be, que, tirado do apelido, possui nome completo de why born).
O botão eclipsando a lua.
Genial, genial.

Não vou revelar a história. É um dos filmes que eu entrei na sala porque um dos meus amigos falou bem e eu achei o cartaz atraente. Tem que ser assim. Revelar qualquer trecho da história seria meter a colher no pote de sorvete alheio, tiraria o gosto.

2. Stranger than Fiction (Mais Estranho que a Ficção)
Sim, finalmente traduziram o título corretamente. Viu? Nem doeu =)
Quanto às legendas, fizeram um trabalho decente. Os personagens falam rápido demais e palavras que, em português, seriam compridas demais, então são cortadas. Perde-se um pouco da essência, mas não tinha como evitar.

Tá, é de 2006, eu sei. Mas eu só assisti uns dias atrás, então vou deixar ele de penetra aqui 8D
Esse é um dos poucos filmes que alcançam o equilíbrio entre dar um bom trato à história e aos personagens no curto tempo de duração. Dá pra ver o desenvolvimento e os laços perfeitamente e como eles evoluem. Fora que a história e os efeitos são sensacionais. Também entrou na minha lista de favoritos logo de primeira.

Também possui elementos que me aproximam bastante da história, guardadas as devidas proporções. Karen Eiffel. Só este personagem sozinho já é o suficiente pra me fazer comprar o DVD XDD
Escritora de tragédias, egocêntrica e excêntrica, fumante e beberrona, com um sotaque britânico muito legal e, acima de tudo, parecidíssima com o L @__@
Também sofre de bloqueio de criatividade durante o filme.
Eu não sou a melhor pessoa pra dar notas a atuações, mas a dela é sensacional.

Também não vou revelar a trama. Perde a graça.
Mas é um filme bastante doido, fora do normal e original a ponto de ser incomparável. Dãr, é um filme que eu gostei, o que mais esperar? XD

3. X-Men Origins: Wolverine (X-Men Origens: Wolverine)
É necessário que se entenda: eu não sou um fã de X-Men. Não acompanhei os quadrinhos e também não vou muito com a cara do Wolverine. Prefiro outros mutantes, acho ele muito bobinho e hyped.
Mas, paralelamente, sou fã de filmes com ação desenfreada e violência gratuita. São bons pra dar uma aliviada.

Devido ao mencionado acima, eu não rolei os olhos em desgosto ou soltei suspiros de descontentamento com o estupro que eles fizeram com a história e alguns personagens. Tá, o Deadpool não fala e tem uma penca de poderes que não deveria ter, mas como seria uma luta entre ele contra Wolverine e Dentes de Sabre se tudo o que ele conseguisse fazer fosse se curar...?
Eu sinceramente adorei a sequência que eles lutam costa a costa e o Deadpool fica se teleportando e atacando de todos os lados. Me lembrou algo que eu imaginei pra luta do Cavalo contra o Iago.
E ele é filho do Stryker (oh nãaaaao, que horror...!). Suck it up. Achei interessante.

A história em si tem seus momentos interessantes. Claro que acaba sofrendo com alguns clichês. Logan foi endurecido pelas guerras e quer vingança porque sua namoradinha morreu. Só que depois ela não tá morta, apenas fingiu estar porque quer salvar um familiar. Seu irmão na verdade trabalha com seu antigo chefe e inimigo malvadão que quer juntar vários poderes de mutantes num único, criando a arma perfeita, que na verdade é seu filho.
Sim, temos uma teoria da conspiração gigante em cima de um único cara, que, aparentemente, vale milhões de dólares em pesquisa de melhoramento só porque pode se regenerar e tem três garras em cada mão. Me parece só mais um anti-herói.
Fora as frases de efeito que recheiam o filme. Você pode praticamente prever um "missed me?" ou "die, motherfucker" diversas vezes. E tente não morrer de overdose quando o Dentes de Sabre aparece falando que "ninguém pode matar você, só eu" =)

É um filme bom, vale uma meia e complementa bem a história, apesar do final filler. Eu queria mais Wade e Ganbit, os mais legais, mas bem... a vida não é justa de vez em quando XD

4. I Love You, Man (Eu Te Amo, Cara)
Eu assisti esse aqui mais pra ocupar tempo, mesmo. E aqui eu tenho que tirar o chapéu pros autores das legendas, pessoas que eu geralmente condeno. O trabalho foi incrível. Os dois personagens passam o filme inteiro trocando trocadilhos de expressões americanas. A legenda, portanto, precisa se virar pra adaptar, e se safa muito bem. Meu chapéu a eles.

O filme em si. Tem o certinho que vai casar. Tá tudo lindo, viva. Ele ama a noiva, a noiva ama ele, as amigas da noiva amam ele, os pais da noiva e seus próprios pais e irmão o amam. Eba, incrível, supimpa.
Mas ele não tem amigos (óoun). E isso acaba deixando a noiva dele bastante preocupada e consternada, então ele resolve preencher essa lacuna, correndo atrás de um.
Claro, pelo título, dá pra imaginar que o longa é repleto de conotações e piadas homossexuais. Na verdade, um pouco mais que isso... diversos personagens são, realmente, homos, sendo um dos pontos acessórios de refúgio humorístico.

Bem, o certinho encontra seu amigo, depois dessas piadinhas. Quem melhor pra colocar a comédia romântica no eixo da crise que precede o final feliz do que um cara escrachado, que não tá nem aí pra romance e com tendências à falta de pudor?
O que acontece em seguida é bem previsível: o certinho começa a ficar mais e mais mudado por conta da amizade e a passar menos tempo com a noiva. A rivalidade surge, ele e a noiva tem problemas, ele e o amigo tem problemas. Mas no final, claro, todo mundo se abraça e vive feliz pra sempre.

Tá perto do cinema sem fazer nada? Vai assitir.
Não sabe se vai pra sua aula de pôquer internacional reverso da terceira idade ou se compra o ingresso pro filme? Vai pra aula, vai =)

5. Divã (nacional)
A maior propaganda enganosa que podiam ter feito.
Abre parênteses. Eu sou meio suspeito pra falar de filmes nacionais. Geralmente não vou muito com a cara deles e de seus quinhentos patrocinadores e aproveitadores do Ancine, me parece que sofreram pra colocar o filme nas telas. Fecha parênteses.
O trailer e esse cartaz bonitinho fazem com que o filme pareça uma comédia romântica com atores consagrados das novelas. Mentira! Apesar das piadinhas aqui e ali, é um filme extremamente triste, depressivo e sofrido. E doloroso.
Não é ruim, muito pelo contrário, é incrível. Original, bastante atual e extremamente direto. Ótimo filme. Mas me pegou desprevenido.

Tive problemas com o nome da personagem principal. Mercedes. Nada contra, mas o filme é ambientado no Rio. Eu não consigo gostar do sotaque carioca (por maiores os motivos que provem que não há nada de errado com eles), não consigo. Não gosto, não gosto. E com um nome desses, o que escutei de "meR-R-Rce-di-xsh" me matou aos poucos.

Bem, o filme mostra a trajetória de vida de uma mulher (a tal meR-R-Rce-di-xsh) por seu casamento, separação, novos amores e conclusão. Sim, é completamente voltado à vida amorosa. Mas não tem o tom feminino esperado, ainda mais porque a personagem narra sua história, tem um tom mais direto, racional e sarcástico. Frases de efeito decoram o filme aqui e ali, mas, ao contrário do que aconteceu com nosso amigo Wolverine, estão diluídas, de modo que o filme não dependa delas pra ser legal.
Tragédia, tragédia, tragédia. Eles colocam umas piadas pelo filme, mas são piadas pesadas e, quase sempre, tentendo ao humor negro. Poucas (as do trailer, especificamente) fogem desse padrão. Dá uma diluída no tom, mas eu -- e amaldiçoo os céus por isso -- sou manteiga derretida. Passei o filme esfregando a cara do começo ao fim.

5. Up (Up - altas aventuras)
Ugh, tradução terrível. Tentem algo melhor da próxima.

Eu precisei atualizar isso aqui justamente por ser um filme incrivelmente foda. Ainda que você entre no cinema com suas expectativas lá em cima, afinal, se trata um filme da Pixar, mesmo assim não se decepciona.
Ainda que tenha sido dublado, o pessoal conseguiu fazer um trabalho legal. Claro, ferraram com a voz do Sr Frederickson, mas fora isso, todos os demais personagens ficaram bem delineados =)

A história conta como Frederickson conheceu o amor de sua vida, que compartilhava do mesmo espírito aventureiro que ele, querendo ter uma casa no Vale das Cachoeiras, em algum lugar da América do Sul. No entanto, a vida normal dos dois entrou no caminho, e acabaram por nunca realizar aquele sonho. Sua esposa morre e ele passa o resto de seus dias sozinho, lutando contra o pessoal de uma construtora que quer desapropriar sua casa para ganhar a área correta do prédio, coisa que o velho senhor não abre mão, já que era a casa na qual ele e sua esposa viveram durante toda sua vida matrimonial. O que o leva a agredir um dos funcionários sem intenção. Determinado a ser mandado a um asilo, ele toma a medida mais lógica: amarra trocentos balões em sua casa e sai com ela voando, fugindo os funcionários do asilo, em direção ao Vale das Cachoeiras, para atingir o sonho perdido dele e de sua falecida esposa.

Absurdo...? Genial =D
O filme mexe com improbalidade o tempo inteiro, dando-lhe um ar de fantástico, mas seus personagens são incrivelmente terrenos, ainda que igualmente improváveis. Ele passa grande parte do filme com a cas apresa a suas costas, flutuando atrás de si, levando-a para todos os lugares que vai, enquanto tenta alcançar o local ideal do Vale das Cachoeiras. As cenas de ação, a trilha sonora que te faz sair da sala assoviando e todas as piadas, desde sutis às pastelonas deixam o filme vivo e agradável. E sempre que lembram, usando um efeitinho em 3D pra te lembrar que você está ridículo com aqueles óculos por um motivo.

Único defeito do filme? Muito curto.
Você fica esperando por mais, querendo mais. Você percebe que ele tá acabando cedo demais ao longo do decorrer das cenas e fica num desespero de "não... não...! não!" até que os créditos bem-humorados aparecem e te obrigam a cerrar os olhos às luzes do cinema, agora acesas.
Apesar disso, vale cada valioso minuto de animação 8D

Depois de Toy Story, Procurando Nemo e Wall-E, esse é outro filme incrível da Pixar a entrar pra gama de animações dignas de prêmios.

domingo, abril 26, 2009

Rosa

Ela é uma senhora. (mas mulher)
Sua existência é escura, sombria e inodora. Sua casa é seu casulo. Um casulo completamente oco e sem vida, como um ivólucro de solidão e dor. Sua companhia se dá através dos estalos do calor e estampidos de frio na madeira pesada. Os sons que produzem advem do surdo teclado iluminado por suas contas de acessora e seus velhos grafites rabiscando as inúmeras tabelas de seu emprego.

Seus olhos são velhos e cansados. Enxergam o mundo como se fossem quadrados. O mundo, ah!, este constituído de pequenos quadrados, uns vazios, outros preenchidos, tal qual as células das suas tabelas que constituem sua vida. Sabia que, se tivesse vontade, poderia esticar suas mãos e, com um golpe de seu lápis, preencheria as células restantes com suas fórmulas e tudo faria sentido. Mas... qual seria a graça do mundo se este estivesse completo e sem falhas?
Mas do que seus olhos gostam mesmo são dos carros. Eles correm e vão a lugares. O perigo e o prazer da velocidade enchem sua mente de temor reverencial. Se não fosse pela enfermidade de sua alma e o aleijamento de sua mente, teria viajado bastante. Seus olhos poderiam ter tocado outros cenários, outras células.
Talvez, até mesmo menos cansados.

Embora seus olhos fossem cansados e tivessem fadiga de piscar, o mesmo não acontecia com suas pernas.
Andar. Andar no sentido intransitivo, claro. A banalidade é seu refúgio. Percorrer alas do supermercado da esquina, atravessar catracas de ônibus, passear pelo parque ridículo do bairro, ir até o banco para entregar todos seus formulários e longas tabelas. Gostava de andar. Era fácil e seguro. Ainda que seus dedos estivessem mechucados de tantas quinas e pontas que encontraram na vida, eles não desistiam, tal qual a estupidez dos metrônomos, que não cansam de bater ao mesmo ritmo eternamente.

Seu emprego é o único motivo pelo qual mantem-se viva. Se não fosse pelo tédio e trabalho que exerce, sua vida seria completa, una e simples. Não teria preocupações, conseguiria desenvolver uma rotina que a transportaria à segurança do cotidiano e teria liberdade para gozar da arte de caminhar que tanto apreciava. Tinha pleno conhecimento que, no momento no qual não precisasse mais entregar seus formulários, preencher suas tabelas e angariar todas as suas fórmulas, sua vida lhe pertenceria. Seria dona do que quisesse. Estava ali, esperando que suas mãos finas e rosadas tomassem para si.
E então a verdade sairia do insconsciente para habitar seu consciente: não tinha motivos para continuar a viver. Seus olhos finalmente veriam a verdade, retirando-a do ventre da mentira, onde estivera tão confortavelmente adormecida durante todos os quarenta e três anos de sua gravidez.

Saberia, finalmente, a violência que carregava em seu interior. As responsabilidades tão frágeis que tinha despedaçado com sua indiferença. A vida que tinha se negado a permitir existir. A guilhotina afiada e invisível com a qual tinha decepado tantos e tantos sonhos. Seus e de outros.
Via-se sim, como uma rosa. Mas uma rosa diferente. Uma rosa sem cor, sem cheiro, sem graça e sem vida, mas repleta de espinhos. Espinhos lívidos, fortes e letais.
Não.
Preferiria a mentira.

Ela, assim como tantas outras, sofreu com a realidade. Embora flor, não encontrou onde crescer, senão no azedume de uma garrafa de cerveja.
[com o ciclo dos elementais no fim, outro há de começar]