quarta-feira, maio 06, 2009

Resenhas

Então, então!
Como eu ainda não consegui reunir esforços para enfrentar a tela branca do meu Flash e desenhar, vou enrol... postar algo mais pessoal dessa vez. Notei que as postagens nesse sentido andavam bastante escassas... XD

Bem, eu andei indo bastante no cinema ultimamente, finalmente aproveitando um pouco mais minha vida paulistana, então achei digno postar algumas observações sobre os filmes XD
Lembro desde já que não sou grande entendedor dessa arte e, portanto, todos meus comentários penderão bem mais pro leigo-fanboy que pro profissional-imparcial.
But who cares? 8D

1. Coraline (Coraline e o mundo secreto)
Em primeiro lugar, eu devo dizer que eu sou muito chato com traduções. Tanto de nomes de filme quanto às legendas. Não importa se o objetivo é aproximar mais o público da ideia central ou o escambau. Só deveriam mudar/acrescentar/subtrair elementos do título se o título original for uma expressão idiomática. Fora isso, o nome certo, por favor.
Então é Coraline. Só. Pra que "e o mundo secreto", caramba!?

Como é infantil, apesar de ser bem dark, surreal e doentio, só pude assistir dublado. Êee. Mas era 3D, então tudo bem.
Eu geralmente não tenho boas experiências com filmes 3D (leia-se: apresentações no cinema do Parque da Mônica quando tinha 6 anos), mas voltei a colocar aqueles óculos bicolor e fui de novo.

Bem, Tim Burton em animação stop motion. Muita gente falou que é bem parecido com o Estranho Mundo de Jack (ou Nightmare Before Christmas *rola de agonia*), mas eu discordo. Assim, tem seu clima sombrio, mundos paralelos e o tom "somos assustadores, mas só queremos fazer amigos do jeito errado", mas eu achei Coraline muito melhor. Sinceramente, um dos melhores filmes de animação que eu já vi.
Não é pra menos: um mundo paralelo onde tudo parece funcionar perfeitamente e ser ideal, mas na realidade é completamente podre e maligno. Taí um tema que eu vivo colocando nos meus livros e descrevendo a realidade nele. Claro, o filme consegue fazer isso de uma maneira muito mais sutil e incrível, mas eu me indentifiquei bastante.
O jogo de palavras do nome de um dos personagens... Wybie (why be, que, tirado do apelido, possui nome completo de why born).
O botão eclipsando a lua.
Genial, genial.

Não vou revelar a história. É um dos filmes que eu entrei na sala porque um dos meus amigos falou bem e eu achei o cartaz atraente. Tem que ser assim. Revelar qualquer trecho da história seria meter a colher no pote de sorvete alheio, tiraria o gosto.

2. Stranger than Fiction (Mais Estranho que a Ficção)
Sim, finalmente traduziram o título corretamente. Viu? Nem doeu =)
Quanto às legendas, fizeram um trabalho decente. Os personagens falam rápido demais e palavras que, em português, seriam compridas demais, então são cortadas. Perde-se um pouco da essência, mas não tinha como evitar.

Tá, é de 2006, eu sei. Mas eu só assisti uns dias atrás, então vou deixar ele de penetra aqui 8D
Esse é um dos poucos filmes que alcançam o equilíbrio entre dar um bom trato à história e aos personagens no curto tempo de duração. Dá pra ver o desenvolvimento e os laços perfeitamente e como eles evoluem. Fora que a história e os efeitos são sensacionais. Também entrou na minha lista de favoritos logo de primeira.

Também possui elementos que me aproximam bastante da história, guardadas as devidas proporções. Karen Eiffel. Só este personagem sozinho já é o suficiente pra me fazer comprar o DVD XDD
Escritora de tragédias, egocêntrica e excêntrica, fumante e beberrona, com um sotaque britânico muito legal e, acima de tudo, parecidíssima com o L @__@
Também sofre de bloqueio de criatividade durante o filme.
Eu não sou a melhor pessoa pra dar notas a atuações, mas a dela é sensacional.

Também não vou revelar a trama. Perde a graça.
Mas é um filme bastante doido, fora do normal e original a ponto de ser incomparável. Dãr, é um filme que eu gostei, o que mais esperar? XD

3. X-Men Origins: Wolverine (X-Men Origens: Wolverine)
É necessário que se entenda: eu não sou um fã de X-Men. Não acompanhei os quadrinhos e também não vou muito com a cara do Wolverine. Prefiro outros mutantes, acho ele muito bobinho e hyped.
Mas, paralelamente, sou fã de filmes com ação desenfreada e violência gratuita. São bons pra dar uma aliviada.

Devido ao mencionado acima, eu não rolei os olhos em desgosto ou soltei suspiros de descontentamento com o estupro que eles fizeram com a história e alguns personagens. Tá, o Deadpool não fala e tem uma penca de poderes que não deveria ter, mas como seria uma luta entre ele contra Wolverine e Dentes de Sabre se tudo o que ele conseguisse fazer fosse se curar...?
Eu sinceramente adorei a sequência que eles lutam costa a costa e o Deadpool fica se teleportando e atacando de todos os lados. Me lembrou algo que eu imaginei pra luta do Cavalo contra o Iago.
E ele é filho do Stryker (oh nãaaaao, que horror...!). Suck it up. Achei interessante.

A história em si tem seus momentos interessantes. Claro que acaba sofrendo com alguns clichês. Logan foi endurecido pelas guerras e quer vingança porque sua namoradinha morreu. Só que depois ela não tá morta, apenas fingiu estar porque quer salvar um familiar. Seu irmão na verdade trabalha com seu antigo chefe e inimigo malvadão que quer juntar vários poderes de mutantes num único, criando a arma perfeita, que na verdade é seu filho.
Sim, temos uma teoria da conspiração gigante em cima de um único cara, que, aparentemente, vale milhões de dólares em pesquisa de melhoramento só porque pode se regenerar e tem três garras em cada mão. Me parece só mais um anti-herói.
Fora as frases de efeito que recheiam o filme. Você pode praticamente prever um "missed me?" ou "die, motherfucker" diversas vezes. E tente não morrer de overdose quando o Dentes de Sabre aparece falando que "ninguém pode matar você, só eu" =)

É um filme bom, vale uma meia e complementa bem a história, apesar do final filler. Eu queria mais Wade e Ganbit, os mais legais, mas bem... a vida não é justa de vez em quando XD

4. I Love You, Man (Eu Te Amo, Cara)
Eu assisti esse aqui mais pra ocupar tempo, mesmo. E aqui eu tenho que tirar o chapéu pros autores das legendas, pessoas que eu geralmente condeno. O trabalho foi incrível. Os dois personagens passam o filme inteiro trocando trocadilhos de expressões americanas. A legenda, portanto, precisa se virar pra adaptar, e se safa muito bem. Meu chapéu a eles.

O filme em si. Tem o certinho que vai casar. Tá tudo lindo, viva. Ele ama a noiva, a noiva ama ele, as amigas da noiva amam ele, os pais da noiva e seus próprios pais e irmão o amam. Eba, incrível, supimpa.
Mas ele não tem amigos (óoun). E isso acaba deixando a noiva dele bastante preocupada e consternada, então ele resolve preencher essa lacuna, correndo atrás de um.
Claro, pelo título, dá pra imaginar que o longa é repleto de conotações e piadas homossexuais. Na verdade, um pouco mais que isso... diversos personagens são, realmente, homos, sendo um dos pontos acessórios de refúgio humorístico.

Bem, o certinho encontra seu amigo, depois dessas piadinhas. Quem melhor pra colocar a comédia romântica no eixo da crise que precede o final feliz do que um cara escrachado, que não tá nem aí pra romance e com tendências à falta de pudor?
O que acontece em seguida é bem previsível: o certinho começa a ficar mais e mais mudado por conta da amizade e a passar menos tempo com a noiva. A rivalidade surge, ele e a noiva tem problemas, ele e o amigo tem problemas. Mas no final, claro, todo mundo se abraça e vive feliz pra sempre.

Tá perto do cinema sem fazer nada? Vai assitir.
Não sabe se vai pra sua aula de pôquer internacional reverso da terceira idade ou se compra o ingresso pro filme? Vai pra aula, vai =)

5. Divã (nacional)
A maior propaganda enganosa que podiam ter feito.
Abre parênteses. Eu sou meio suspeito pra falar de filmes nacionais. Geralmente não vou muito com a cara deles e de seus quinhentos patrocinadores e aproveitadores do Ancine, me parece que sofreram pra colocar o filme nas telas. Fecha parênteses.
O trailer e esse cartaz bonitinho fazem com que o filme pareça uma comédia romântica com atores consagrados das novelas. Mentira! Apesar das piadinhas aqui e ali, é um filme extremamente triste, depressivo e sofrido. E doloroso.
Não é ruim, muito pelo contrário, é incrível. Original, bastante atual e extremamente direto. Ótimo filme. Mas me pegou desprevenido.

Tive problemas com o nome da personagem principal. Mercedes. Nada contra, mas o filme é ambientado no Rio. Eu não consigo gostar do sotaque carioca (por maiores os motivos que provem que não há nada de errado com eles), não consigo. Não gosto, não gosto. E com um nome desses, o que escutei de "meR-R-Rce-di-xsh" me matou aos poucos.

Bem, o filme mostra a trajetória de vida de uma mulher (a tal meR-R-Rce-di-xsh) por seu casamento, separação, novos amores e conclusão. Sim, é completamente voltado à vida amorosa. Mas não tem o tom feminino esperado, ainda mais porque a personagem narra sua história, tem um tom mais direto, racional e sarcástico. Frases de efeito decoram o filme aqui e ali, mas, ao contrário do que aconteceu com nosso amigo Wolverine, estão diluídas, de modo que o filme não dependa delas pra ser legal.
Tragédia, tragédia, tragédia. Eles colocam umas piadas pelo filme, mas são piadas pesadas e, quase sempre, tentendo ao humor negro. Poucas (as do trailer, especificamente) fogem desse padrão. Dá uma diluída no tom, mas eu -- e amaldiçoo os céus por isso -- sou manteiga derretida. Passei o filme esfregando a cara do começo ao fim.

5. Up (Up - altas aventuras)
Ugh, tradução terrível. Tentem algo melhor da próxima.

Eu precisei atualizar isso aqui justamente por ser um filme incrivelmente foda. Ainda que você entre no cinema com suas expectativas lá em cima, afinal, se trata um filme da Pixar, mesmo assim não se decepciona.
Ainda que tenha sido dublado, o pessoal conseguiu fazer um trabalho legal. Claro, ferraram com a voz do Sr Frederickson, mas fora isso, todos os demais personagens ficaram bem delineados =)

A história conta como Frederickson conheceu o amor de sua vida, que compartilhava do mesmo espírito aventureiro que ele, querendo ter uma casa no Vale das Cachoeiras, em algum lugar da América do Sul. No entanto, a vida normal dos dois entrou no caminho, e acabaram por nunca realizar aquele sonho. Sua esposa morre e ele passa o resto de seus dias sozinho, lutando contra o pessoal de uma construtora que quer desapropriar sua casa para ganhar a área correta do prédio, coisa que o velho senhor não abre mão, já que era a casa na qual ele e sua esposa viveram durante toda sua vida matrimonial. O que o leva a agredir um dos funcionários sem intenção. Determinado a ser mandado a um asilo, ele toma a medida mais lógica: amarra trocentos balões em sua casa e sai com ela voando, fugindo os funcionários do asilo, em direção ao Vale das Cachoeiras, para atingir o sonho perdido dele e de sua falecida esposa.

Absurdo...? Genial =D
O filme mexe com improbalidade o tempo inteiro, dando-lhe um ar de fantástico, mas seus personagens são incrivelmente terrenos, ainda que igualmente improváveis. Ele passa grande parte do filme com a cas apresa a suas costas, flutuando atrás de si, levando-a para todos os lugares que vai, enquanto tenta alcançar o local ideal do Vale das Cachoeiras. As cenas de ação, a trilha sonora que te faz sair da sala assoviando e todas as piadas, desde sutis às pastelonas deixam o filme vivo e agradável. E sempre que lembram, usando um efeitinho em 3D pra te lembrar que você está ridículo com aqueles óculos por um motivo.

Único defeito do filme? Muito curto.
Você fica esperando por mais, querendo mais. Você percebe que ele tá acabando cedo demais ao longo do decorrer das cenas e fica num desespero de "não... não...! não!" até que os créditos bem-humorados aparecem e te obrigam a cerrar os olhos às luzes do cinema, agora acesas.
Apesar disso, vale cada valioso minuto de animação 8D

Depois de Toy Story, Procurando Nemo e Wall-E, esse é outro filme incrível da Pixar a entrar pra gama de animações dignas de prêmios.

2 comentários:

Diogo disse...

Hum... normalmente, eu tentaria comentar alguma coisa sobre o post. Mas eu não assisti a nenhum desses filmes. Eu queria assistir Coraline, no entanto. Talvez não em 3D, aqueles óculos me davam um pouco de tontura (se bem que isso faz muito tempo, então já devem ter resolvido isso), mas eu queria assistir legendado. Eu acho que o dublado deve perder algumas piadas ou referências...

Esse filme nacional parece interessante, mas não parece o tipo de filme para se assistir no cinema. O cinema não oferece nada mais do que uma sessão em casa poderia assistir para um filme como esse

Jean disse...

Her... o Wade não é filho do Stryker no filme, o filho do Stryker é o garoto congelado com a cor dos olhos diferentes uma da outra o___o... Que por sinal aparece no X-men 2 junto com o Stryker u.ú...